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sábado, 15 de dezembro de 2012


Observatório denuncia aumento do feminicídio e diz que justiça é cúmplice de agressores

Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Reunindo informações de organizações integrantes da Rede de Mulheres contra a violência (RMCV) da Nicarágua e de meios de comunicação locais, o Observatório Nacional da Violência de Casal, Violência Sexual e Feminicídio apresentou seu Informe Nonestral de Feminicídio 2012. O documento apresenta resultados do monitoramento de nove meses de 2012 e revela um aumento na violência contra as mulheres nicaraguenses.
De acordo com o Observatório, o aumento da violência indica um retrocesso em matéria de direitos humanos. A entidade também criticou a pouca atuação da justiça nestes casos, dizendo que essa falta coloca as mulheres em situação de maior risco, além de dar aos agressores condições para continuar praticando a violência. "O observatório denunciou que a atuação de jurados insensíveis que menosprezam a vida das mulheres, atua em cumplicidade com os agressores, violadores e feminicidas deixando-os na impunidade”, declara.
Ao todo, 55 mulheres foram assassinadas nestes nove meses na Nicarágua. Segundo consta no Informe, 13 dessas vítimas já haviam denunciado em delegacias da especializadas, por diversas vezes, que sofriam ameaças, "sem que as autoridades dessem as devidas medidas pré-cautelares para salvaguardar a vida das vítimas”. Os locais com maior incidência de feminicídio no país são a capital Manágua, seguida pela Região Autônoma Atlântico Sur, Região Autônoma Atlântico Norte e Jinotega.
O lar continua sendo o principal cenário de violência contra as mulheres, que são agredidas, na maioria das vezes, por seus companheiros ou ex-companheiros, esposos, namorados ou algum parente próximo. As principais vítimas são jovens e têm entre 21 e 30 anos de idade, seguidas pelas ainda mais jovens e adolescentes, de 11 a 20 anos. A arma branca (faca ou outro objeto cortante) foi a mais usada nos crimes, que também foram cometidos por arma de fogo e por força física.

Feminicídio
O Observatório explica que feminicídio significa "crimes de ódio contra as mulheres, prática do machismo que impera no domínio e expropriação dos corpos das mulheres”, e se caracteriza por atos violentos desde maltrato emocional e psicológico até violência física, tortura e abuso sexual, e toda ação que provoque a morte das mulheres.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cat=76&cod=72852

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