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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Estado deve intervir para evitar a obesidade?
Se as pessoas têm grande prazer em comer demais,
elas devem ter esse direito? (Reprodução/Adrian Johnson)

Governos podem fazer algumas coisas para estimular as pessoas a comerem menos, mas não muito

A história da saúde humana nas últimas décadas é altamente estimulante. A expectativa de vida aumentou globalmente – 12 anos para mulheres e 11 anos para homens – de 1970 até 2010. Mas mais longevidade quer dizer que as pessoas passam mais anos com doenças crônicas. A obesidade piora as coisas ao aumentar o risco de diabetes, problemas cardíacos, derrames e alguns cânceres. Em boa parte do mundo, ser gordo demais é a principal razão por trás de uma saúde ruim.
 
Em 2008 as taxas de obesidade eram quase o dobro das de 1980. Um em três adultos estavam acima do peso, com um índice de massa corporal (IMC) de 25 ou mais (pelo menos 77 kg para um homem com 1,75 m); 12% eram obesos, com um IMC de pelo menos 30. Nos EUA, sempre o líder mundial, cerca de dois terços dos adultos estavam acima do peso em 2008. O problema não está restrito aos países ricos. Graças ao crescimento econômico, pessoas por todo o mundo estão comendo mais.

Para aqueles que acreditam que o Estado deve em geral se manter distante das questões privadas das pessoas, a obesidade oferece um dilema. Se as pessoas têm grande prazer em comer mais do que é saudável, elas não devem ter esse direito garantido? Afinal, os indivíduos arcam com quase toda as custos da obesidade. Ainda assim, na maioria dos países, o Estado cobre parte ou todo o custo de assistência médica, de modo que pessoas gordas aumentam os custos do sistema de saúde para todo o resto da população. A obesidade também reduz a produtividade do trabalho. E intervenções estatais são justificadas nos casos em que evitam grandes danos a pessoas a um custo baixo. Apenas fanáticos encaram as leis que obrigam o uso do cinto de segurança como uma afronta à liberdade pessoal. As políticas antifumo, inicialmente controversas, são hoje consideradas bem-sucedidas.

De quem é a culpa?

O governo pode tentar desestimular. Mas como? Na falta de uma única grande solução para a obesidade, o Estado tem que experimentar com muitas medidas de pequena escala. Os governos, alguns dos quais já intervêm bastante nos primeiros meses de vida das pessoas, deveriam garantias que os pais sejam alertados dos perigos de sobrealimentar seus bebes. As escolas deveriam servir almoços nutritivos, ensinar às crianças como se alimentar de modo saudável, e dar tempo para que elas possam gastar energia. Urbanistas deveriam tornar as ruas e calçadas mais receptivas a ciclistas e pedestres. Há um limite, contudo, a o que o estado pode ou deve fazer. No fim, a responsabilidade e o poder se encontram primariamente nos indivíduos.

Fontes: Economist - Fat chance

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