Representante do UNICEF defende políticas públicas de proteção para os adolescentes no Brasil
Representando o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em uma audiência em Brasília esta semana, Mário Volpi afirmou que o Brasil tem estado tão focado na proteção das crianças que esqueceu dos seus adolescentes.
Ele defendeu na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (23), políticas públicas de proteção para os adolescentes. Volpi participou de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família sobre a “Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes 2013″.
Vopi afirmou que o Brasil reduziu a mortalidade infantil, salvando 24 mil crianças nos últimos dez anos. Porém, nesta última década, foram assassinados 80 mil adolescentes. “Salvamos nossas crianças e matamos nossos adolescentes”, lamentou.
O investimento para salvar crianças não pode ser interrompido na segunda década de suas vidas. “Precisamos entender infância e adolescência como fases complementares, com políticas articuladas para as duas fases”, acrescentou.
Ele também criticou o debate sobre a redução da maioridade penal. “Não podemos dizer que esta geração está perdida antes de investir nela”, afirmou, defendendo uma proposta pedagógica consistente para garantir o acesso universal de adolescentes ao ensino médio e ao ensino superior.
Volpi questionou a efetividade da penalização para o combate da criminalidade, afirmando que os adolescentes brasileiros são responsáveis por 3,8% dos homicídios. “Já nos Estados Unidos, onde existe pena de morte para adolescentes, eles são responsáveis por 11% dos homicídios cometidos.”
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