Após o painel, foi lançado o kit educativo “oKupa: juventude, cidadania e ocupação da cidade”, produzido de forma colaborativa pelo Fórum das Juventudes da Grande BH. Foto: Camila Carneiro Bahia Braga |
Mobilidade, cultura e moradia foram os temas do painel “Direito à cidade”, que aconteceu na tarde de sábado do seminário “Juventudes contra Violência”. O evento, que aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro, no CentoeQuatro, reuniu jovens, educadores e outros profissionais que atuam na área para discutir as múltiplas dimensões da violência contra a população de 15 a 29 anos. As três convidadas do painel compartilharam com @s participantes importantes experiências de ocupação de espaços urbanos em BH e região metropolitana.
Fernanda Regaldo, do coletivo PISEAGRAMA, apresentou iniciativas da sociedade civil de BH ligadas à mobilidade urbana. Uma delas é a campanha conduzida pelo próprio Piseagrama, que chama a atenção para imaginários possíveis e sustentáveis na cidade. #Uma praça por bairro, #Nadar e pescar no Arrudas e#Parques abertos 24 horas são algumas das ideias-força estampadas em bolsas, camisas e adesivos, entre outros materiais. Outra iniciativa é a campanha Tarifa Zero BH, do GT de Mobilidade Urbana da Assembleia Popular Horizontal :: Belo Horizonte, que reivindica a gratuidade do transporte coletivo na capital. “A mobilidade permite que jovens tenham de fato acesso à cidade”, afirmou.
Co-organizadora de saraus de poesia em BH e Região Metropolitana, Isabela Alves abriu sua fala com a interpretação de poemas de autoria própria. Ela falou à plateia sobre a organização do sarau Cabeça Ativa, no Barreiro, que já reuniu mais de 300 pessoas em espaços públicos da região. A ideia é incentivar que as pessoas que moram ali tenham mais uma opção de encontro e lazer, em vez de deslocarem-se para o centro da cidade: “se não fizermos o Barreiro ‘acontecer’ agora, não vai acontecer nunca!”.
Luciana da Cruz, moradora da Comunidade Dandara, compartilhou as dificuldades enfrentadas pelos jovens que vivem em uma ocupação urbana. “A juventude que hoje está lá geralmente não teve acesso à escola, ao trabalho, a um salário digno”, ressaltou Luciana, que também é militante do Círculo de jovens das Brigadas Populares. Ela diz que esses jovens são violados em direitos básicos e aparentemente assegurados a todos, como o direito ao lazer e à mobilidade.
Importante ação associada à campanha de mesmo nome, o seminário “Juventudes contra Violência” foi realizado pelo Fórum das Juventudes da Grande BH, em parceria com a Associação Imagem Comunitária e o Instituto C&A e com o apoio do CentoeQuatro.
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