Mulheres quenianas se opuseram ao projeto de lei; no plenário, as deputadas abandonaram a sessão Wikicommons |
Quando você se casa com uma mulher africana, deve saber que haverá segundas ou terceiras. Isso é a África', diz deputado
Um projeto de lei no Quênia que autoriza os homens a se casar com quantas mulheres desejarem sem precisar consultar sua primeira esposa foi aprovado por deputados do Parlamento. A decisão – que ainda deve ainda ser promulgado pelo presidente, Uhuru Kenyatta, para entrar em vigor – provocou revolta das parlamentares presentes, que abandonaram o plenário.
Adotado na noite de quinta-feira (20/03), o texto originalmente abria possibilidade de oposição das esposas à decisão do marido de instaurar a poligamia no casamento, dando voz às mulheres. No entanto, os deputados – mesmo que pertencentes a partidos políticos rivais – se uniram para deslegitimar essa cláusula, abandonando-a.
"Quando você se casa com uma mulher africana, deve saber que haverá uma segunda, uma terceira. Isso é a África", explicou um dos deputados, Junet Mohamed, citado pela rádio local Capital FM, segundo a AFP. “Se vocês escolhem trazer para casa mais alguém eu acredito que vocês devem ter a coragem (sic) de admitir que sua mulher e família têm o direito de saber”, alegou a deputada Soipan Tuya.
“Toda mulher que o homem leva para a casa dele é sua mulher”, reforça o presidente da Comissão de Relações Jurídicas e Legais do Parlamento, ao jornal queniano Nation. No Quênia, assim como em muitos países africanos, os direitos das mulheres são restritos e a poligamia é uma prática comum.
Adotado na noite de quinta-feira (20/03), o texto originalmente abria possibilidade de oposição das esposas à decisão do marido de instaurar a poligamia no casamento, dando voz às mulheres. No entanto, os deputados – mesmo que pertencentes a partidos políticos rivais – se uniram para deslegitimar essa cláusula, abandonando-a.
"Quando você se casa com uma mulher africana, deve saber que haverá uma segunda, uma terceira. Isso é a África", explicou um dos deputados, Junet Mohamed, citado pela rádio local Capital FM, segundo a AFP. “Se vocês escolhem trazer para casa mais alguém eu acredito que vocês devem ter a coragem (sic) de admitir que sua mulher e família têm o direito de saber”, alegou a deputada Soipan Tuya.
“Toda mulher que o homem leva para a casa dele é sua mulher”, reforça o presidente da Comissão de Relações Jurídicas e Legais do Parlamento, ao jornal queniano Nation. No Quênia, assim como em muitos países africanos, os direitos das mulheres são restritos e a poligamia é uma prática comum.
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