Mais da metade das vítimas de estupro no Brasil são menores de 13 anos, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Elas representam 50,7% do total. Os adolescentes (14 a 17 anos), representam 19,4% das vítimas e os adultos (18 anos ou mais), 29,9%.
O levantamento é baseado em dados de 2011 do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde e leva em conta dados repassados por 2.113 municípios com centros de saúde, que atendem a 74,6% da população brasileira.
Em 2011, houve 12.087 notificações de casos de estupro no Brasil pelo Sinan. O número equivale a cerca de 23% do total registrado na polícia em 2012, segundo o Anuário 2013 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em 2011, houve 12.087 notificações de casos de estupro no Brasil pelo Sinan. O número corresponde a cerca de 23% do total registrado na polícia em 2012, conforme dados do Anuário 2013 do FBSP.
Segundo a pesquisa, 88,5% das vítimas eram do sexo feminino, 51% de cor preta ou parda e 46% não possuíam o ensino fundamental completo (considerando as vítimas de escolaridade conhecida, o índice sobe para 67%).
Ambiente doméstico
Quando no agressor é conhecido, a maior parte dos casos acontece dentro de casa, independentemente da idade da vítima. Foram registrados 5.358 casos em residências. Entre as crianças, o local foi cenário do abuso em 78% dos casos. Entre adolescentes, em 67% e entre adultos 65%.
Quando o agressor é desconhecido, as crianças continuam sendo vítimas dentro de casa na maior parte dos casos, ou 31,3% do total. Entre adolescentes, o abuso por desconhecidos acontece majoritariamente em vias públicas (39,5%) - as residências correspondem a 21,7%. Entre adultos, as vias públicas também predominam, com 49,6% do total, seguidas pelo ambiente doméstico, com 21,5%.
Os dias da semana em que estupros são cometidos são as segundas-feiras, que representam 21,3% dos registros contra criança, 20,7% contra adolescentes e 21,1% contra adultos. Ao longo do ano, agosto lidera estatísticas no abuso de crianças (9,5% dos casos), outubro no de adolescentes (9,9%) e setembro no de adultos (10,9%).
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