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sábado, 24 de setembro de 2016

Serviços de saúde devem ser mais acolhedores para os jovens e dar acesso a contracepção, diz UNFPA

No Brasil, 20% das mães têm menos de 19 anos e cerca de 40% das mães adolescentes abandonam a escola por causa da maternidade. Alerta veio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), durante evento que comemorou aniversário do Adolescentro, instituição de referência no DF que leva atendimento integral para a juventude.
Uso de preservativo é recomendado pela OMS para prevenir infecções pelo zika. Foto: UNAIDS
Foto: UNAIDS
Serviços de saúde precisam ser mais acolhedores para os jovens e garantir acesso da juventude a métodos contraceptivos. No Brasil, 20% das mães têm menos de 19 anos e a gravidez na adolescência está muitas vezes associada à falta de projetos de vida, perpetuando ciclos intergeracionais de pobreza. Cerca de 40% das mães adolescentes abandonam a escola por causa da maternidade.
O alerta veio do representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Jaime Nadal, durante comemoração na última terça-feira (20) do 18º aniversário do Adolescentro — instituição do Distrito Federal que leva atendimento multidisciplinar para jovens.
“Temos que criar as condições para que as novas gerações adquiram os conhecimentos e capacidades que permitam fazer escolhas voluntárias que potencializem o seu desenvolvimento saudável, o cuidado consigo e com as pessoas com quem se relacionam, englobando habilidades individuais, afetivo-relacionais, familiares e comunitárias”, destacou Nadal.
Também presente, a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Ana Luísa Lamounier Costa, disse “nossa população adolescente é esquecida pelos serviços adultos, que não acolhem” e pediu mudanças.
Já o representante da Superintendência da Região de Saúde Centro-Sul, também da pasta do DF, Rodolfo Alves de Souza, destacou que o Adolescentro promoveu avanços no enfrentamento da violência, na humanização do tratamento dado a jovens e na capacitação de profissionais que lidam com esse público.

Parceria com a ONU

Durante as comemorações, Nadal e Ana Paula Tuyama, gerente do Adolescentro, lembraram que a parceria entre a instituição e o UNFPA começou em 2013, com o seminário internacional “Saúde, Adolescência e Juventude: promovendo a equidade e construindo habilidades para a vida”. O encontro reuniu especialistas e lideranças juvenis de 13 países que visitaram o Adolescentro para conhecer as experiências de Brasília na área de saúde.
Mais recentemente, no último dia 11 de julho, os dois organismos comemoraram o Dia Mundial da População com um evento que reuniu mais de 200 adolescentes e autoridades numa grande roda de conversa sobre o tema “Investir nas Adolescentes”.
As discussões priorizaram a busca pela autonomia de meninas na faixa etária dos 10 aos 19 anos.
Nadal ressaltou que o UNFPA trabalha para que meninas e jovens “possam buscar outros projetos de vida, que não passem necessariamente por uma gravidez precoce e não planejada”.
“Esse é o nosso desafio, trabalhar pela garantia de direitos, oportunidades e igualdade de gênero, raça e etnia, com acesso a insumos e serviços, sem discriminação e violência”, enfatizou o representante do Fundo da ONU.

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