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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Fotógrafos selecionados no 6º Concurso de Fotografia do SOS Ação Mulher e Família: "Família: um retrato do século XXI"

Parabéns a todos os fotógrafos que participaram do concurso e, em especial, aos autores das 30 fotos selecionadas, que serão expostas no blog após a exposição no Senac Campinas:
  • Albino Mahumana - Matola, Moçambique
  • Aline Pinheiro - Monte Mor, SP - 2 fotos
  • André Castellan - São Paulo, SP
  • Beto Fontes - Juiz de Fora, MG
  • Cristina Wilberg - Barcarena, PA
  • Dália Hofmann - Brasília, DF - 2 fotos
  • Elen Guerra - Mairinque, SP
  • Flavio Benedito - Londrina, PR
  • Ilana Goldsmid - São Paulo, SP - 2 fotos
  • Joabes Vieira - Vitória da Conquista, BA
  • Katia Carvalho - Rio de Janeiro, RJ  - 2 fotos
  • Lucinea Rezende - Londrina, PR
  • Marilton Trabuco - Camaçari, BA - 2 fotos
  • Márvila Araújo - Vila Velha, ES
  • Matheus Vieira - São José, SC
  • Mônica Flávia - Aracaju, SE
  • Ney Marcondes - Castanhal, PA - 2 fotos
  • Noilton Pereira - Ruy Barbosa, BA
  • Raphael Castello - São Paulo, SP
  • Thiago Malkowski - Florianópolis, SC
  • Víctor Hugo Casillas Romo - Zapopan, Jalisco, México
  • Vitor Miranda - São Paulo, SP
  • Wagner Friaça - Brasília, DF
  • Weydilla Cordeiro - Samambaia, DF

Exposição das 30 fotos selecionadas no 6º Concurso de Fotografia do SOS Ação Mulher e Família
 8 de março de 2017, às 17 horas – Abertura da exposição
 9 de março a 8 de abril de 2017, de segunda a sexta-feira, das 8 às 21 horas, e aos sábados, das 8 às 15 horas
Local: Senac Campinas
Endereço: Rua Sacramento, 490 - Vila Itapura - Campinas – SP / Brasil.

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Em virtude das fotos que recebemos e pensando nas famílias que não se sentirão representadas nas 30 fotos selecionadas no 6° Concurso de Fotografia do SOS Ação Mulher e Família, a jurada Ana Carolina Haddad escreveu o texto abaixo:

“O 6° Concurso de Fotografia do SOS Ação Mulher e Família, com o tema "Família: um retrato do século 21", questiona o que é família e qual família cada um quer ter. A proposta vai de encontro ao trabalho da entidade, já que propõe a quebra de padrões de gênero impostos pela sociedade, o que reflete diretamente no modo como a mulher é enxergada.
A ideia de que a família é apenas aquela ligada por laços sanguíneos e por cerimônias matrimoniais reforça relações hierárquicas de gênero, o que leva ao tratamento desigual entre homens e mulheres. Também não representa de fato as famílias brasileiras, uma vez que apenas 49,9% delas realmente atendem aos padrões tradicionais de família, segundo dados do IBGE (2010). Mais da metade da população brasileira é de famílias diferentes desse molde, sendo 60 mil homoafetivas em nosso país - 53,8% delas formada por mulheres. Mulheres que vivem sozinhas são 3,4 milhões, enquanto que 10,1 milhões de famílias são formadas por mães ou pais solteiros.
Acreditar que mulheres cuidam apenas da casa enquanto homens sustentam a família, que mulheres tomam conta dos filhos enquanto homens, depois de um longo dia de trabalho, têm passe livre para descansar assistindo TV, é reforçar estereótipos de gênero. A mulher ainda é vista em segundo plano em nossa sociedade, como um complemento à função principal que é atribuída ao homem, e isso reforça concepções machistas que objetificam a mulher e a associam com a ideia de posse. Não é à toa que em 2015 o Brasil alcançou a sua pior posição na história, em 85° lugar entre os 145 países no ranking de Desigualdade de Gênero, feito pelo Fórum Econômico Mundial; e que, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), uma mulher é atacada a cada 15 segundos e uma é assassinada a cada 2 horas no Brasil (2017).
Mesmo em meio a esses atrasos, também vimos diversos avanços em nosso país. Em 14 de maio de 2013, foi aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça o casamento entre pessoas do mesmo sexo, portanto, a partir de então, núcleos familiares distintos ao padrão foram reconhecidos. Isso significa o direito de compartilhar pensão, aposentadorias, inclusão em planos de saúde, à adoção de crianças; quebra de estereótipo imposto à mulher dentro da família, dando-lhe mais autonomia como figura independente e capaz na sociedade. Não por acaso, temos visto acontecer um tipo de "Primavera das Mulheres" em nosso país, com movimentos políticos em prol dos seus direitos.
Pensando nisso, a expectativa do concurso foi justamente trazer à tona tal discussão extremamente atual e importantíssima para a emancipação da mulher brasileira, tanto no âmbito individual quanto no coletivista, assim como a conquista dos direitos LGBT. Recebemos 180 fotos ao todo e, entre essas, apenas uma com um casal homoafetivo. Apesar de terem nos enviado belíssimas fotos, das quais escolhemos com muito carinho 30 para a exposição, sentimos falta da representação que propusemos no concurso e concordamos que isso explicita o conservadorismo da sociedade. Portanto, abrimos uma exceção e convidamos a fotógrafa Laura Helena dos Anjos, com o seu projeto "Toda forma de amor é válida e linda", que registra famílias e casais LGBTs, para compor a exposição junto aos trabalhos selecionados no concurso, a fim de abranger o tamanho significado imensurável de família que acreditamos existir.” 
Ana Carolina Haddad, jurada no 6° Concurso de Fotografia do SOS Ação Mulher e Família


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"Meu nome é Laura Helena dos Anjos, tenho 22 anos, sou fotógrafa e estudante de Pedagogia da UNIFESP. Desde que me conheço tenho uma grande admiração por fotografia, por muito tempo eu fiquei dividida entre cursar fotografia ou pedagogia, porém consegui fazer os dois, cursei um técnico de fotografia quando iniciei minha faculdade, porque meu campus estava em greve e eu vi ali uma oportunidade de conseguir realizar os dois sonhos, porém meu sonho não para por aí, me vejo ainda cursando fotografia como graduação. 
Eu costumo brincar com meus alunos que eu tenho dois amores, as crianças (elas e eles) e a fotografia. Vejo a fotografia não somente como arte, mas também como política. O Projeto “Toda forma de amor é válida e linda” tem como cunho político e artístico registrar o amor dos casais LGBTs; este projeto possui existência há mais de dois anos, mas a realização e desenvolvimento procedem-se há um ano. O projeto me ajudou muito a não desistir desse amor à fotografia e me ajudou muito a saber que o amor resiste mesmo com tantos preconceitos e violências diariamente. O projeto se iniciou em minha mente e coração quando comecei a observar o olhar de repúdio e de negação aos casais LGBTs. Hoje eu tenho como objetivo mostrar para o olhar de repúdio que resistimos, diariamente!"

Abaixo, as fotos do Projeto "Toda forma de amor é válida e linda":

A caminhada

Amar o ar de respirar

Chamego

Família

Fim de tarde

Floriu e cresceu

Lado a lado

Luz e amor

Meu riso tão feliz contigo

Na luta andando lado a lado

O amor é resistência

O beijo das mamães

O colo

O olh(ar)

Primeiro encanto

Projeto toda forma de amor é válida e linda

Quando aqui tu tá

Reciprocidade

Sintonia

Ver(a)cidade

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