Publicado em 23/03/2017
A 17ª sessão do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência teve início em Genebra, na Suíça, destacando a importância de se promover as questões de gênero nas políticas dos países sobre o tema.
Segundo a ONU, há cerca de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. “O fato de que apenas uma mulher foi eleita pelos Estados-membros para fazer parte do Comitê é fundamentalmente inadequado”, disse a vice-diretora de direitos humanos da ONU, Kate Gilmore.
A 17ª sessão do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência teve início na segunda-feira (20) em Genebra, na Suíça, destacando a importância de se promover as questões de gênero nas agendas políticas dos países sobre esse tema.
De acordo com dados da ONU, atualmente, há cerca de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. “Nós pedimos a todos os governos que assegurem que uma base sólida de gênero esteja incorporada em suas agendas este ano, e pedimos medidas especiais para garantir que a voz e a experiência de meninas e mulheres ressoem dentro de suas deliberações”, disse a vice-diretora de direitos humanos da ONU, Kate Gilmore, durante o evento que ocorre até 12 de abril.
“O fato de que apenas uma mulher foi eleita pelos Estados-membros para fazer parte do Comitê é fundamentalmente inadequado”, acrescentou Gilmore, pedindo aos Estados que “corrijam essa situação inaceitável” nas próximas eleições.
Gilmore falou em nome do secretário-geral da ONU, António Guterres, que fez da paridade entre os sexos e da igualdade de representação das mulheres uma prioridade de seu mandato.
Durante a sessão, o Comitê, composto por 18 peritos independentes internacionais, analisou os direitos das pessoas com deficiência em Moldávia, Irã, Chipre, Bósnia e Herzegovina, Jordânia, Armênia, Honduras e Canadá.
Esses países estão entre os 172 Estados-partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada em dezembro de 2006 pela Assembléia Geral das Nações Unidas.
A Convenção da ONU pede a compreensão da deficiência como uma questão de direitos humanos e destaca obstáculos enfrentados por pessoas nessa condição, como o acesso físico a edifícios, estradas e transportes, bem como o acesso à informação através de comunicações escritas e eletrônicas.
Além disso, visa a reduzir o estigma e a discriminação, que são muitas vezes as razões pelas quais as pessoas com deficiência são excluídas da educação, do mercado de trabalho e de outros serviços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário