Afirmação foi feita pela ministra angolana da Família e Promoção da Mulher durante reunião da CSW; Filomena Delgado disse que os homens são maioria no funcionalismo público com isso muitas mulheres seguem para o setor informal para sustentar famílias.
15/03/2017
15/03/2017
A ministra da Família e Promoção da Mulher de Angola, Filomena Delgado, afirmou que a lei geral de trabalho de seu país não discrimina mulheres.
Em entrevista exclusiva à ONU News, depois do discurso na Assembleia Geral, como parte da reunião da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, Delgado disse que a legislação angolana protege e promove os direitos das mulheres.
Salário
Ela explicou que isso inclui o salário e as facilidades das proteções sociais, quer seja em relação às contribuições tributárias ou às licenças maternidade e de amamentação. Delgado disse que as mulheres têm direito a duas horas de intervalo durante o trabalho para amamentar o filho.
A ministra falou ainda sobre a desigualdade de gênero entre os funcionários públicos.
"Agora, a diferença que nós temos entre a legislação e a aplicação prática é que na função pública temos mais homens que mulheres, o que faz que muitas delas corram ao setor informal para a sobrevivência de suas famílias."
Acesso
Delgado disse que o governo está criando uma política para a reconversão da economia informal. Foi aprovada a lei das micro, pequenas e médias empresas e das cooperativas.
Segundo ela, as pessoas que não têm condições de criar grandes empresas poderão começar a "nível micro e ir subindo gradualmente". A vantagem neste processo é que as mulheres vão ter mais acesso a créditos através dos Bancos.
Na área rural, Filomena Delgado disse que há um projeto especial para que as mulheres tenham acesso a todos os benefícios agrícolas para que possam desenvolver suas atividades.
A ministra afirmou que as mulheres representam a maioria dos que praticam agricultura familiar e produzem 70% da alimentação do país.
Rádio ONU
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