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domingo, 26 de março de 2017

Grace and Frankie: velhas, nós?

 Publicado 25/03/2017
   
As incomparáveis Lily Tomlin e Jane Fonda como Frankie e Grace, protagonistas da sitcom que leva o nome das personagens: série mostra como recomeçar a vida após os 70

O início é sempre o mesmo: diversão garantida, de forma leve, descontraída e despreocupada, com enredos aparentemente simples que criam ótimos cenários para boas tiradas. E o desenrolar do ano continua também sem grandes mudanças, já que tais contextos são levados mais a sério, pois tiveram mais tempo para ganhar profundidade, e o drama, algumas vezes, se sobrepõe à comédia. E ser igual não é um problema. Pois a série Grace and Frankie, da Netflix e estrelada por Jane Fonda e Lily Tomlin, conquistaram o público por ser assim: aparentemente simples, com ar inclusive de superficial, mas no fundo é profundamente tocante e cheia de camadas e nuances dentro de um tema delicado, a velhice.

Portanto, a terceira temporada da produção, liberada na plataforma na sexta-feira, funciona exatamente como os dois primeiros anos, sem espaço para grandes transformações, reviravoltas, truques ou malabarismos. Apenas mostra, com graciosidade, quatro idosos tentando recomeçar a vida após os 70. E se não é fácil decidir o que fazer quando se tem 20, imagina ser obrigado a mudar de casa, de vida, de companheiro, de emprego e tudo mais quando, teoricamente, deveria ser a hora de parar e só aproveitar todos os anos anteriores de trabalho e dedicação.

Mas Grace (Fonda) e Frankie (Tomlin) não só não podem parar e aproveitar a aposentadoria, como buscam implantar no mercado um novo negócio: vibradores pensados exclusivamente para mulheres acima dos 60 anos. Mas, logo no início da terceira temporada, os contratempos da idade viram grandes empecilhos. Nenhum banco quer fazer um empréstimo a longo prazo para a dupla, pois, bom, as instituições não acreditam que elas terão muitos mais anos de vida pela frente. “Eu tenho cara de caduca, de que estou à beira da morte”, rebate Grace, depois de pedir US$ 75 mil para fazer o protótipo do vibrador, pagando a quantia em dez anos.

“Acho que podemos pensar num prazo de até um ano”, rebate o executivo.

Infelizmente, para elas, todos os bancos têm o mesmo pensamento, obrigando-as a procurar dinheiro até em empresas gerenciadas por jovens empreendedores. “Pegue seu telefone para a gente se adequar ao ambiente”, diz Grace, enquanto senta no sofá para esperar o horário da reunião. Todos ao lado dela e de Frankie, muitos deles com idades para serem seus netos, afinal o ambiente é pensado especificamente para este público, obviamente estão com as cabeças baixas interagindo exclusivamente com seus smartphones. “Eu não me importo em não me adequar”, rebate Frankie, que recebe enquanto fala uma mensagem de texto de Grace dizendo “hey, girl”.

Em contrapartida, os ex-maridos gays das duas, que agora estão casados entre eles, pensam justamente em se aposentar, pois querem curtir a casa nova e a vida a dois que eles esperaram décadas para ter. Particularmente, a história dos dois me soa desinteressante perto do brilhantismo de Jane Fonda e Lily Tomlin, mas mostra também um lado que muitos não querem ver.

Como dito, a série tem tudo o que os anos anteriores mostraram. Poderia, talvez, incrementar algo a mais, ou explorar melhor os dramas, mas nada que tire o prazer em ver uma das melhores séries de comédia da TV atualmente.

Correio Popular

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