Depois das últimas eleições, legislativo francês tem mais de um terço de mulheres ocupando cargos de deputadas
23.06.2017 | POR REDAÇÃO MARIE CLAIRE
Boas novas no fronte pela luta por equidade de gênero. Depois das eleições legislativas francesas no último domingo (22), 223 mulheres (o que equivale a 38,5% de um total de 577 representantes) foram eleitas para para o parlamento do país, um recorde jamais visto na história da casa. Nas últimas eleições, em 2012, foram eleitas 155 candidatas do sexo feminino.
O "efeito Macron" é uma das razões por trás do salto. O partido do novo presidente investiu forte em suas candidatas mulheres para as eleições legislativas (47% das parlamentares hoje são do République en marche!, partido de Emmanuel Macron) e o próprio presidente prometeu que privilegiaria as mulheres em seu governo, com metade de seus ministros sendo do sexo feminino.
Mas mesmo que Macron esteja causando vigorosas mudanças no cenário político, ele não explica o recorde batido nestas últimas eleições. A representatividade política feminina na França é uma curva que só vem crescendo, mesmo que lentamente. Em 1993, eram apenas 42 mulheres com assento no parlamento, seguidas por 77 em 2002 e 155, em 2012. A legislação francesa também ajudou: uma lei recente impôs um aumento na multa para os partidos que não tiverem pelo menos 49% de candidatas mulheres. Outra regra é que parlamentares agora não podem mais servir concomitantemente como prefeito ou no conselho regional, manobra que abriu mais oportunidades para novos concorrentes, como mulheres e jovens.
E a Assembleia Nacional do país tem grandes chances de ficar ainda mais feminina. Duas candidatas do partido de Macron, a deputada reeleita Barbara Pompili e Brigitte Bourguignon vem sendo citadas como umas das favoritas ao cargo de presidente da casa, que será votado na próxima terça-feira, 27.
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