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sábado, 17 de junho de 2017

Estudo revela que um em cada seis idosos sofre alguma forma de abuso no mundo

16/06/2017
Um em cada seis idosos sofre alguma forma de abuso, afirma novo estudo apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado na Lancet Global Health. Esse número é maior do que o estimado anteriormente, e a previsão é de que aumente à medida que as populações envelhecerem em todo o mundo.
O novo estudo descobriu que quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais foram submetidas a abusos psicológicos (11,6%), abusos financeiros (6,8%), negligência (4,2%), abusos físicos (2,6%) ou abusos sexuais (0,9%).
A pesquisa se baseia nas melhores evidências disponíveis de 52 estudos em 28 países de diferentes regiões, incluindo 12 países de baixa e média renda.
“O abuso de pessoas mais velhas está aumentando. Para 141 milhões de pessoas idosas em todo o mundo, ele tem sérios custos individuais e sociais”, disse Alana Officer, assessora de saúde sênior do Departamento de Envelhecimento e Curso de Vida da OMS. “Nós devemos fazer muito mais para prevenir e responder à crescente frequência de diferentes formas de abuso”.

Abuso de idosos e saúde

A consciência sobre o abuso de idosos, ainda em grande parte um tabu, começou a aumentar em todo o mundo. Esses abusos são definidos como ações ou a falta de ação apropriada, o que pode causar danos ou angústia a uma pessoa idosa.
Isso pode ocorrer em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança. Todos os tipos de abuso de idosos podem ter um impacto em sua saúde e bem-estar.
O abuso psicológico é o mais sutil e inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedades ou impedimento de que vejam amigos e familiares.
O abuso financeiro inclui o uso ilegal de dinheiro, propriedade ou ativos de uma pessoa idosa. A negligência envolve a falha no atendimento de suas necessidades básicas – como alimentação, habitação, vestimentas e cuidados médicos.
Entre os efeitos do abuso à saúde estão lesões traumáticas e dor, assim como depressão, estresse e ansiedade. O abuso de pessoas idosas pode levar a um risco aumentado de colocação em casa de idosos, uso de serviços de emergência, hospitalização e morte.
“Apesar da frequência e das graves consequências para a saúde, o abuso de idosos continua a ser um dos tipos de violência menos investigados em pesquisas nacionais e um dos menos abordados nos planos nacionais para prevenir a violência”, acrescentou Alana.
Em 2050, o número de pessoas com idade igual ou superior a 60 irá dobrar, chegando a 2 bilhões em todo o mundo, com a grande maioria das pessoas idosas em países de baixa e média renda.
Se a proporção de vítimas de abuso permanecer constante, o número de pessoas afetadas crescerá rapidamente devido ao envelhecimento da população, aumentando para 320 milhões de vítimas até 2050.
“O abuso de idosos raramente é discutido em círculos políticos, é menos priorizado em pesquisas e abordado apenas por algumas organizações”, observou Etienne Krug, diretor de Prevenção da Violência, Lesões e Incapacitações da OMS.
“Os governos devem proteger todas as pessoas contra a violência. Devemos trabalhar para esclarecer esse importante desafio social, entender a melhor forma de prevenir e ajudar a implementar as medidas necessárias.”

Estratégia global e plano de ação

Em maio de 2016, ministros da Saúde adotaram a Estratégia Global e Plano de Ação da OMS sobre envelhecimento e saúde na Assembleia Mundial da Saúde. A estratégia fornece orientação para ações coordenadas em países que se alinham com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entre as ações prioritárias da estratégia, está aperfeiçoar os estudos sobre a frequência do abuso de idosos, em particular nos países de baixa e média renda do Sudeste Asiático, Oriente Médio e África, para os quais há poucos dados.
O plano também indica coletar evidências e desenvolver orientação sobre o que funciona para efetivamente prevenir e responder ao abuso de idosos. Como primeiro passo, os governos precisam avaliar os esforços existentes, como treinamento para cuidadores e uso de linhas telefônicas, e publicar esses achados. Outra frente de atuação é apoiar os países a prevenir e responder ao abuso de idosos.

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