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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Após marcha de duas semanas a Jerusalém, milhares de ativistas querem criar parlamento alternativo e propor um acordo de paz a legisladores israelenses. Movimento nasceu após conflito entre Hamas e Israel.
DW
09.10.2017
Cerca de cinco mil mulheres israelenses e palestinas encerraram neste domingo (08/10), em Jerusalém, uma marcha pela paz que durou duas semanas e atravessou Israel e a Cisjordânia para "exigir um acordo de paz" entre israelenses e palestinos.
Convencidas de que a solução do conflito está nas mãos das mulheres e não nas dos políticos, as ativistas se reuniram para formar um "parlamento" de Mulheres Ativas pela Paz. O parlamento alternativo será criado nos próximos dias e contará 120 mulheres, que deverão representar todas as mães e filhas do conflito israelo-palestino.
Uma vez constituído, o grêmio de mulheres israelenses e palestinas pretende assinar um acordo de paz que considera útil e válido e levá-lo ao Knesset (Parlamento israelense) como proposta de trabalho.
Há três anos, o movimento Women Wage Peace (Mulheres Ativas pela Paz) criou a marcha pela paz para "fazer ouvir a voz dessas dezenas de milhares de mulheres israelenses judias e árabes, de esquerda, centristas e de direita e de seus parceiros", segundo explicou uma das organizadoras, Marie-Lyne Smadja.
A organização nasceu durante o conflito entre o grupo palestino Hamas e Israel, em 2014, chamado por Israel de Operação Margem Protetora. Em 50 dias, 73 israelenses e 2.200 palestinos morreram.
Como acontece todos os anos desde 2014, as mulheres marcharam em cidades judias e árabes de Israel e também em aglomerações da Cisjordânia ocupada, onde um encontro aconteceu com a presença de dezenas de mulheres palestinas e daquelas que moram nas colônias. A marcha, este ano, foi bem recebida por prefeitos das diferentes cidades israelenses onde ocorreram os protestos.
"Temos que nos unir, criar uma convivência, para atingir a paz que todos queremos", disse a ativista Michal Froman, que foi atacada a facadas por um palestino em 2016 enquanto estava grávida do seu quinto filho. Froman diz que quer "acreditar na paz".
As integrantes do Mulheres Ativas pela Paz acreditam que as mulheres pagam um preço muito alto pelas guerras e que, por isso, têm maior interesse de acabar com elas. A árabe-israelense Amira Zidan, uma das fundadoras do Women Wage Peace, afirmou que "os homens que detêm o poder não acreditavam em nada a não ser na guerra, mas pela força das mulheres podemos contribuir com alguma coisa, trazer algo de novo", disse.
Branco pela paz
Mais de 25 mil mulheres em Israel e nos territórios da Autoridade Nacional Palestina se inscreveram no site da associação Women Wage Peace. No domingo, milhares de mulheres chegaram a Jerusalém – a maior parte delas vestidas de branco e segurando cartazes que exigiam um acordo de paz.
Nas duas tendas que abrigaram as participantes – e seus acompanhantes, incluindo filhos pequenos, maridos e filhos adultos solidários ao movimento –, havia painéis de discussão e se ouvia hebreu, árabe e inglês. As participantes também incluíram mulheres de países como China, Austrália, Espanha e Tailândia.
Entre as personalidades israelenses que apoiaram ou participaram da marcha, figuram deputados da oposição, mas também da coalizão governista de direita, além de artistas e escritores.
A marcha aconteceu num momento em que muitos analistas alimentam poucas esperanças em relação a um acordo de paz entre israelenses e palestinos. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, tem 82 anos e é impopular, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lidera o que muitos veem como o governo mais conservador de direita da história de Israel.

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