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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

OMS diz que 25 milhões de abortos inseguros são praticados por ano

Novo estudo realizado entre 2010 e 2014 revela que incidência é a mais baixa nos países ocidentais; Ásia e África notificam maior proporção de casos inseguros.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
28/09/2017

Em todo o mundo, anualmente, 25 milhões de abortos inseguros são realizados. Os dados foram compilados entre 2010 e 2014, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS.

Um novo estudo realizado pela agência e pelo Instituto Guttmacher revela que o número equivale a 45% de todos os abortos ocorridos no período estudado. O trabalho foi publicado na revista especializada The Lancet.


Esforços
De acordo com a pesquisa, 97% dos abortos inseguros ocorreram em países em desenvolvimento em África, na Ásia e na América Latina.

Cerca de 55% dos abortos realizados realizados nesse período são chamados seguros, porque foram realizados por um agente de saúde treinado por um método da OMS recomendado para a duração da gravidez.

América e Europa
O estudo revela que a incidência de abortos inseguros é a mais baixa do mundo em países de alta renda da América do Norte e da Europa ocidental e do norte. Nessas áreas, o aborto é  legal e os sistemas de saúde são fortes.

Nas regiões em desenvolvimento, a proporção de abortos seguros na Ásia Oriental, incluindo na China, foi similar ao das regiões desenvolvidas.

Já na Ásia Central e do Sudeste menos de um em cada dois abortos foi seguro.

África Subsaariana
O estudo demonstrou ainda que três quartos dos abortos ocorridos em África durante o período do estudo foram inseguros, havendo um risco mais alto de se morrer devido ao problema na África Subsaariana.

Na América Latina, apenas um em cada quatro abortos foi seguro, embora a maioria fosse categorizada como "menos segura" por ser cada vez mais comum que mulheres da região fazem automedicação.

Este ano, a OMS e a Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas lançaram uma nova base de dados sobre leis, políticas e padrões de saúde sobre o aborto no mundo.

A iniciativa pretende promover uma maior transparência das leis e políticas do aborto, bem como melhorar a responsabilidade dos países pela proteção da saúde das mulheres e das meninas assim como dos direitos humanos.

Acesso
Segundo a principal autora do estudo, Bela Ganatra,  é preciso maiores esforços, especialmente nas regiões em desenvolvimento, para garantir o acesso à contracepção e ao aborto seguro.

Para a  cientista do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS quando,  quando as mulheres e meninas não podem ter acesso a métodos anticoncepcionais e seguros  há graves consequências para a sua própria saúde e para as suas famílias, o que não deveria acontecer.

Ganatra destacou que apesar de avanços recentes na tecnologia e das evidências ainda ocorrem muitos abortos inseguros e muitas mulheres continuam a sofrer e a morrer.

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