Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

terça-feira, 31 de julho de 2018

Mídia reflete cultura do “corpo perfeito” e alimenta mercado da boa forma


Segundo pesquisador, o discurso expresso na mídia cria um modelo de beleza irreal que deve ser buscado permanentemente
USP
Por 
30/07/2018

jorusp
Tocador de áudio
O caso recente envolvendo a bancária Lilian Calixto, que morreu após procedimento estético realizado pelo médico Denis Furtado, conhecido como doutor Bumbum, nos leva a refletir sobre um sofrimento feminino contemporâneo: a busca por um determinado padrão de imagem corporal. Para entender mais sobre esse fenômeno, o Jornal da USP no Ar conversou com Rodrigo Daniel Sanches, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, doutor em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e pesquisador da imagem do corpo feminino na mídia e no discurso das novas dietas.
Sanches defendeu a tese O sujeito no discurso contemporâneo das dietas: efeitos do novo e da novidade na FFCLRP. Em sua pesquisa alega que historicamente todas as culturas projetam uma imagem de corpo perfeito, o que o torna um fenômeno complexo. Atualmente, no Brasil, a projeção é de um corpo que não deve ter resquícios de gordura.
Os dados mostram que foi denominada a padronização corporal como “corpo projeto”, que precisa ser modificado para ostentar uma beleza inalcançável. Sanches afirma que a mídia produz algo que não existe, porque quando não há aquele corpo as pessoas tentam buscá-lo. Essa procura é sustentada por uma poderosa indústria da beleza.
Durante quatro anos, ele observou revistas e sites autointitulados “boa forma e vida saudável” que determinavam um padrão corporal inatingível de extrema magreza, barriga sarada, seios e glúteos grandes.
Embora o assunto esteja no auge, Sanches vê o futuro com ânimo. Para ele, já é possível notar algumas modificações mesmo que tímidas na padronização corporal pela mídia. No entanto, acredita que a mudança deve acontecer individualmente e por isso um processo de aceitação é imprescindível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário