Leo Piamonte nos conta sobre 3 dores comuns no caminho da transformação dos homens e onde encontrar possibilidades de ação.
Eu sou suspeito para falar do Leonardo Piamonte. Poderia apresentá-lo como psicólogo formado na Universidad Konrad Lorenz, de Bogotá. Também poderia introduzi-lo como pai de três meninos e rapazes incríveis, dois deles que tenho a honra de ver crescendo. Poderia apresentá-lo como companheiro de jornada no Balaio de Pais, um podcast sobre paternidade que fazemos junto com outros amigos queridos (ouçam!).
Mas a verdade é que o Leo é meu amigo. E, mais que isso, é uma das minhas principais referências sobre o que é ser homem.
Mas a verdade é que o Leo é meu amigo. E, mais que isso, é uma das minhas principais referências sobre o que é ser homem.
Quando me tornei pai, outro amigo querido, o Rodrigo Cambiaghi, me colocou no Paternando (um grupo online de debates e trocas entre homens pais) e tive a chance de aprender dia após dia com o Leo, uma espécie de decano do grupo.
Além das dicas práticas sobre o ser pai para esse marinheiro de primeira viagem, o Leo demonstrava, na prática, a intenção de ser um homem melhor dia após dia. Observando ele, aprendi que valia errar, reconhecer, compartilhar. Aprender com erros e acertos. Olhar pra si. Jogar fora o que não servia.
Então, quando digo que o video a seguir — no qual ele elenca três das principais dores dos homens — vale o play, é de coração. Clique e assista.
1. A dor associada ao ideal masculino
“A questão de eu não consigo prover o tanto quanto eu queria, ou eu não tenho tanto sucesso financeiro quanto eu desejava, eu não tenho tanto sucesso sexual quanto eu queria, eu não tenho tanto sucesso físico quanto eu desejava. A impossibilidade de atender aquele modelo primitivo de homem com acesso sexual ilimitado, com acesso de recursos físicos ilimitados, e acesso financeiro ilimitado.”
2. A dor da transformação, do amadurecimento, do confronto consigo mesmo
“E essa dor é uma dor contínua, mas é uma dor construtiva na maioria dos casos. Então é uma dor de 'Como eu faço?', 'O que eu tenho que fazer?', 'Alguém me oriente, me ajude pra identificar como é que eu vou desenvolver esse novo homem'. E nessa dor a gente vai encontrar o confronto com aquilo que eu era, o confronto com aquilo que eu ainda sou, o confronto com aquilo que eu gostaria de ainda ter e que me custa abrir mão.”
3. A dor de quem já passou por mudanças e não encontra seu lugar
“Então, esse homem que já compreendeu algumas questões de privilégio, algumas questões de gênero, algumas questões essenciais da sua construção como homem, ele começa a criar um novo ideal de desconstrução eterna. E começa a elaborar um outro ideal de homem inalcançável, que é o homem 'não homem'. Então, a gente tem dois pontos críticos, um ideal inalcançável de homem primitivo masculino hegemônico (por dizer de alguma forma). E a gente tem o ideal de não homem enquanto homem”.
Nas palavras do Leo, é no meio desses dois picos, nesse “vale de ocupação” que cada homem deve encontrar a sua expressão como homem. Concordo com ele que existem milhares de possibilidades de expressão de uma masculinidade sadia.
Só queria ressaltar que tenho cada dia mais orgulho de construir a minha, dia após dia, aprendendo com a dele. Te amo, hombre.
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