O vocábulo escola já era utilizado pelos gregos. O vocábulo skholê, “na língua dos helenos, ês significava ‘descanso, repouso, lazer, tempo livre; estudo; ocupação de um homem com ócio, […]; escola, lugar de estudo’”. (MARTINS, 2005, p. 34, grifo do autor).
A escola é uma das instituições sociais existentes, ao observar a fachada de uma escola na rua, ou assistindo um programa de televisão cujo conteúdo retrata um ambiente escolar, neste momento, podemos nos lembrar de quantos anos passamos neste espaço, ou até mesmo, lembranças escolares e cenas vividas recordando sentimentos que foram deixados dentro de cada um nós durante o período de convivência nesta instituição.
A escola é uma das instituições sociais existentes, ao observar a fachada de uma escola na rua, ou assistindo um programa de televisão cujo conteúdo retrata um ambiente escolar, neste momento, podemos nos lembrar de quantos anos passamos neste espaço, ou até mesmo, lembranças escolares e cenas vividas recordando sentimentos que foram deixados dentro de cada um nós durante o período de convivência nesta instituição.
As pessoas que não frequentam mais a escola guardam sentimentos do tempo de convívio, já os atuais alunos, principalmente crianças e adolescentes, guardam dentro de si sentimentos ou lembranças que nem sempre são agradáveis.
Dentre esses sentimentos, não agradáveis, muitos podem estar relacionados à prática do bullying.
O termo em inglês bullying é derivado do verbo to bully, que significa “ameaçar, amedrontar, intimidar” (BULLY, 2019).
O bullying é um termo utilizado para descrever um tipo de violência nas escolas.
Segundo Shecaira (2019, p. 226):
Fenômeno do bullying, que é uma forma de violência escolar que nasce no centro das relações entre alunos dentro da escola e manifesta-se por meio de agressões físicas, insultos, ameaças, intimidação e pelo consequente isolamento.
O bullying entre crianças e adolescentes reúne vários comportamentos, todos eles negativos, que se persistem no tempo. (SHECAIRA, 2019).
Alguns atos são conhecidos como: colocar apelidos, fazer brincadeiras violentas, esperar as crianças menores na saída da escola para intimidação etc. (SHECAIRA, 2019, 226).
Conforme Lélio Braga Calhau (2009), não se trata apenas de brincadeiras próprias da infância, mas sim de casos de violência, que acontecem dentro das salas de aulas, nos corredores e pátios de escolas e também aos arredores (apud SHECAIRA, 2019, p. 226).
Ainda segundo Lélio Braga Calhau (2009, p. 91):
Essas agressões morais e físicas são realizadas de modo repetitivo e exacerbado, cujo resultado podem causar evasão escolar, danos psicológicos para a criança e o adolescente e, consequentemente, pode facilitar a entrada dos mesmos na criminalidade (apud SHECAIRA, 2019, p. 226).
A data de sete de abril foi instituída como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, por meio da Lei nº 13.277, de 29 de abril de 2016, que está relacionada à tragédia que aconteceu em 2011, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro (BRASIL, 2019a).
Os resultados da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em junho e constatou que “diretores de escolas brasileiras apontam que 28% das instituições que ofertam os anos finais do ensino fundamental identificam, semanalmente, situações de intimidação ou bullying entre os estudantes” (BRASIL, 2019b).
Para as psicólogas Stelko-Pereira, Santini e Williams a forma de se deparar com o bullying é a seguinte:
Apesar de a perspectiva do “bem contra o mal” ser aceita pelo senso comum, os alunos autores de bullying precisam de atenção governamental, da escola, da comunidade, da família e dos serviços da saúde para que tenham o devido atendimento. É importante avaliar as condições a que o indivíduo está exposto e que influenciam no comportamento violento dele, bem como realizar intervenções adequadas nessas condições (2012, grifo do autor).
O bullying está presente em nossa sociedade atual e torna-se imprescindível trabalhar na sua prevenção, formando cidadãos conscientes de seus direitos e deveres respeitando as diferenças.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. MEC tem medidas para enfrentar ações de violência nas escolas. Brasília: DF, 2019a. Disponível aqui. Acesso em: 16 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Pesquisa Internacional sobre ensino e aprendizagem revela impacto do bullying nas escolas. Brasília: DF, 19 jun. 2019b. Disponível aqui. Acesso em: 16 out. 2019.
BULLY. In: DICIONÁRIO da língua inglesa. [S.l.]: Michaelis. Disponível aqui. Acesso em: 15 out. 2019.
MARTINS, Evandro Silva. A etimologia de alguns vocábulos referentes à educação. Olhares & Trilhas, Revista de Educação e Ensino da Escola de Educação Básica, UFU, Uberlândia, ano VI, n. 6, 2005. Disponível aqui. Acesso em: 15 out. 2019.
SHECAIRA, Sergio Salomão. Criminologia. Prefácio: Alvino Augusto de Sá. 7. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2019.
STELKO-PEREIRA, Ana Carina; SANTINI, Paolla Magioni; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. Um livro a se debater: Bullying: mentes perigosas nas escolas, de Ana Beatriz Barbosa Silva. Psicol. teor. prat., São Paulo , v. 14, n. 1, p. 197-202, abr. 2012. Disponível aqui. Acesso em: 17 out. 2019.
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