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terça-feira, 31 de julho de 2012


Comitê Olímpico autoriza judoca saudita a lutar com véu islâmico

A organização do judô não queria autorizar o uso do véu. Autoridades da Arábia Saudita disseram que sem o véu, a atleta não competiria


Wojdan Ali Seraj Abdulrahim Shaherkani, na cerimônia de abertura, na sexta-feira (28) (Foto: Matt Dunham/AP)
Após o pai da judoca saudita Wojdan Ali Seraj Abdulrahim Shaherkani dizer que a filha não competiria nos Jogos Olímpicos de Londres caso não pudesse usar o hijab - o véu islâmico -, o Comitê Olímpico se reuniu e decidiu que a atleta poderá competir com o véu.
Segundo Razan Baker, a porta-voz da Arábia Saudita na Olimpíada, o comitê entrou em um acordo com um modelo compatível do véu com o quimono do judô. A organização do judô não queria autorizar o uso do véu, por considerar que compromete a segurança da atleta.
Shaherkani, de 16 anos, disputa a categoria de até 78 kg nos judô. Ela foi convidada pela organização da Olimpíada mesmo não sendo faixa preta, geralmente um pré-requisito para participar do torneio. A primeira luta de Shaherkani está marcada para a próxima sexta-feira (3), quando ela se tornará a primeira mulher saudita a competir nos Jogos Olímpicos na história. Sarah Attar, a outra representante feminina do país, vai participar da prova de 800 metros no atletismo no dia 8 de agosto. 
O Comitê Olímpico Internacional (COI) negociou com a Arábia Saudita por meses até finalmente convencer o país a enviar representantes femininas. O país é conhecido por reprimir direitos das mulheres. 
Com a participação das sauditas, os Jogos de Londres 2012 passam a ser os primeiros em que todos os países enviaram mulheres para competir. 

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