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domingo, 19 de maio de 2013



Estereótipos da passividade feminina
estão caindo por terra (Reprodução/Internet)
Fábricas da China passam a dar mais valor às operárias

Operárias chinesas tornam-se mais valorizadas à medida que a oferta de mão de obra diminui

Na província de Guangdong, onde praticamente 30% das exportações chinesas são fabricadas, em geral há muito mais mulheres que homens nas linhas de produção de trabalho intensivo como aquelas da fábrica de brinquedos da cidade de Shenzen, próximo a Hong Kong. Camponesas são contratadas devido à sua suposta docilidade, dedos ágeis e atenção a detalhes minuciosos.

Mas nos últimos anos a força de trabalho de Guangdong mudou. A oferta de mão de obra barata não especializada, que outrora parecia ser infindável, começou a escassear. Os presidentes das fábricas estão prestes a precisar implorar às suas funcionárias para permanecerem em seus empregos. Ao mesmo tempo, as mulheres que migraram para as cidades fabris elevaram seu nível educacional e ficaram mais conscientes de seus direitos. Em fábricas que utilizam muita mão de obra, os estereótipos da passividade feminina estão caindo por terra.

Ao longo das últimas três décadas, a migração de dezenas de milhares de mulheres do campo para as fábricas de Guangdong e outras províncias costeiras contribuiu para a transformação da visão de mundo de um setor especialmente arcaico da sociedade chinesa (a taxa de suicídios feminina é muito mais alta que a masculina na zona rural). As condições de trabalho nas fábricas em geral são precárias – pouca segurança, turnos com durações ilegais, dormitórios apertados – mas essa situação durante muito tempo gerou liberação e empoderamento, tanto pessoal quanto financeiro. Leslie Chang, uma jornalista americana, passou três anos investigando a situação das operárias de Dongguan, uma cidade próxima a Shenzen. Em seu livro “Factory Girls”, lançado em 2008, Chang escreveu que, comparadas aos homens, as mulheres que ela conheceu tinham “mais motivação para melhorar suas próprias condições e mais chances de valorizar os aspectos engrandecedores da migração”. Elas ainda não têm o mesmo nível de educação dos homens, mas essa discrepância tem diminuído.

*Texto traduzido e adaptado da Economist por Eduardo Sá

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