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terça-feira, 14 de maio de 2013


Mulheres sequestradas
A história tem revelado, nas últimas décadas, que várias mulheres estiveram em cativeiro à mercê da vontade de seus algozes. Pode-se dizer que são casos de rapto, visto que a intenção dos criminosos sempre, nestes casos, foi violentá-las sexualmente.

Não obstante estes crimes virem à tona na última década, eles, seguramente, sempre existiram, mas, não eram descobertos ou divulgados. E hoje, certamente, outras mulheres continuam em cativeiro à espera da liberdade.

Acredito que a esperança de um dia conseguirem sair do horrendo cárcere, nunca abandonou estas moças. A prisão de uma pessoa provoca o sentimento, de certa forma, instintivo, de almejar ansiosamente a liberdade.

É provável que com o passar do tempo, ocorreu resignação à amarga situação a que foram submetidas, mas mesmo assim, ainda existia a expectativa de conseguirem fugir.

Tenho convicção de que elas, inicialmente, até acreditaram que seriam soltas, mas com o passar do tempo, veio a difícil e nefasta certeza de que jamais sairiam pelas mãos de quem as aprisionou.

Um crime como este é planejado detalhadamente, por isso, seus mentores obtém êxito.

Estas vítimas, ao romperem com a estagnação do cativeiro, devem ter sentido uma incrível sensação de renascimento.

Mas o medo e sofrimento a que foram obrigadas, sempre povoarão seus pesadelos.

A falta de confiança no ser humano, também irá acompanhá-las para sempre, como sintoma de uma forte vivência traumática.

A vida que estas mulheres tinham antes da servidão a que foram subjugadas, jamais será recuperada, mas dará lugar a uma nova forma de viver. Talvez muitas delas, viverão tristes e solitárias, por muitos anos. Outras, com atenção e amor de seus entes queridos, quiçá conseguirão voltar a sorrir e ainda a acreditarem, que a vida sempre vale a pena.

Maria de Fátima, coluna, Correio Popular, Campinas

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