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quinta-feira, 2 de maio de 2013


Pode-se aprender a ser assertiva

por Karina Simões

"O comportamento assertivo pode ser aprendido e não deve ser visto como uma característica de personalidade" Cada vez mais percebo a grande dificuldade de se estabelecer um profícuo diálogo nas relações afetivas e interpessoais. Por isso, vou tratar do tema assertividade.

Assertividade é falar e agir com sinceridade, sem inibição, temor ou agressividade; sendo claro, afirmativo, sem deixar dúvidas sobre o que pensamos e sentimos. Porém, isso tudo sem agredir ou provocar incômodo na outra pessoa. Assim, assertividade é a arte de defender nosso espaço vital, nosso "mundinho particular", sem recuar e agredir.

O comportamento assertivo pode ser aprendido e não deve ser visto como uma característica de personalidade. Não se nasce assim. Pode-se aprender a ser assertivo!

Como age uma pessoa assertiva:

- Expressa seus sentimentos com espontaneidade, naturalidade e calma; 

- Adota uma postura clara e transparente, sem disfarces ou máscaras; 

- Diz sim ou não como decorrência de análise imparcial e jamais tendenciosa; 

- Enfrenta o problema e não a pessoa; 

- É firme, quando necessário, sem ferir ninguém; 

- Sabe ser flexível, sem abandonar seu espaço vital, nem invadir o do outro; 

- Faz valer seus direitos sem, contudo, negar os direitos do outro, que considera tão importantes quanto os seus.

Os princípios da assertividade se baseiam nos seguintes pilares:

1. Na qualidade da comunicação interpessoal;

2. Na aceitação das limitações do outro, sem agressividade;

3. No respeito ao posicionamento do outro;

4. Na confiança entre as partes;

5. No reconhecimento das reais intenções do emissor e do receptor da mensagem. 

O passo-a-passo para desenvolver o comportamento assertivo: 

1. Fique ciente de seus direitos; -- entenda-se Ética, Direitos humanos, Código Civil, Convenção do condomínio. 

2. Identifique como você está se sentindo na situação;

3. Relacione seu sentimento com um comportamento específico da pessoa; ou seja, se a pessoa entendeu o que você sentiu e disse; 

4. Evite fazer suposições ou referências aos motivos do comportamento do outro;

5. Tenha cuidado na escolha de suas palavras;

6. Atente-se para a comunicação verbal e não verbal;

7. Certifique-se de que suas colocações não foram mal interpretadas;

8. Revele suas necessidades, mas também esteja disposto a ouvir as do outro. 

Na prática clínica, trabalhamos esses comportamentos em um treino de habilidades sociais (THS). Nesse treino, é ensinado ao paciente a fazer modificações em seus padrões comportamentais disfuncionais com objetivo de quebrar suas crenças desadaptativas e reestruturar o seu processo cognitivo.

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