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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Universidade vai traçar perfil do agressor contra a mulher em Sergipe

Pesquisa terá três etapas e será concluída em sete meses.
Em 2013, foram registrados mais 3 mil casos de violência doméstica.

Do G1 SE

Perfil de agressor e vítima de violência doméstica serão analisados  (Foto: Patrícia Carvalho/G1)
Perfil de agressor e vítima de violência doméstica serão analisados
 (Foto: Patrícia Carvalho/G1)
A partir desta quinta-feira (13) um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) vai entrevistar mulheres e agressores envolvidos no crime de violência doméstica em Aracaju. A ação faz parte de uma aliança entre a UFS e o Tribunal de justiça de Sergipe (TJSE) e deve ser concluída em sete meses.
A pesquisa terá três etapas. A primeira, já finalizada, foi a elaboração de um questionário com 15 perguntas. Em seguida, a coleta e análise das informações, nesta fase serão necessários três meses. E por fim, a divulgação dos dados recolhidos.
A proposta é identificar o perfil socioeconômico do agressor e da vítima. “Existe a violência do filho contra a mãe ou de grupos sociais que optam silenciar com receio da exposição social”, adianta o professor do Departamento de Estatística Atuariais da UFS e integrante do projeto, Kleber Fernando de Oliveira sobre um dos possíveis perfis a serem identificados durante o estudo.
Inicialmente a pesquisa será realizada somente na Grande Aracaju, e depois pode se estender para todo o Estado. “Serão dois técnicos e supervisores coletando informações após, ou antes, das audiências”, detalha Kleber. “As declarações não serão usadas contra ou a favor da pessoa”, esclarece.
Luta contra o silêncio
A professora que prefere não se identificar quase chegou a integrar esse último grupo. “Registrei contra meu ex-marido quatro B.O. Uma decisão a contra gosto da minha mãe e ex-sogra”, comenta. “A primeira pedia que silenciasse diante das cenas, já a mãe dele achava desnecessária a exposição perante vizinhos, familiares e justiça”.
Durante os sete anos de casamento, ela recorda principalmente do comportamento estranho do ex-companheiro, que também era professor. “Durante a gestação da nossa única filha, era carinhoso e sempre presente. Logo depois, controlava das minhas amizades até as senhas do email”.
Após a última briga do casal, ela interrompeu essa história. “Era madrugada quando ele chegou bêbado de uma festa. Eu não quis abrir a porta. Mas ele acabou arrombando”, detalha a vítima que pela primeira vez deu seguimento ao processo policial por temer perdoar mais uma vez e correr o risco de não amanhecer viva.
Somente em 2013, mais de 3 mil Boletins de Ocorrência (BO) foram registradas na Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), em Aracaju.

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