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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Por que uma licença-paternidade maior é melhor para crianças e mães (e os pais, claro)

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Um tempo de licença-paternidade maior tem impactos positivos na família inteira: gera pais mais participativos, crianças com melhor desempenho na escola e mães com maiores chances de sucesso em suas carreiras. Quem diz isso é a revista Economist, que fez um vídeo explicando os benefícios da licença-paternidade.
Segundo um estudo realizado nos EUA, Austrália, Reino Unido e Dinamarca, pais que têm mais tempo de licença-paternidade ajudam mais nos cuidados com o bebê - como alimentação e banho - e, mesmo depois que a criança cresce, são mais participativos: brincam mais e leem mais para os filhos.
Na Dinamarca, a mãe tem direito a um mês de licença no último mês de gravidez e, após o nascimento, ela pode ficar em casa por quatro meses. O pai tem o mesmo período de licença - e também pode tirar mais duas semanas antes do filho nascer. Então, quando a mãe volta a trabalhar, o pai pode ficar em casa com o filho, por exemplo. No total, pai e mãe têm 32 semanas de licença compartilhada. Em geral, 90% dos pais tiram mais do que duas semanas de licença. O resultado disso é que lá 77% dos pais brincam com seus filhos.
Não é por acaso que todos os países do ranking da Save the Children, que classifica a qualidade de vida para ser mãe, são os que têm um sistema de licença mais flexível e dividem as responsabilidades entre mães e pais.
Segundo a Economist, a divisão de tarefas tem um impacto positivo nas crianças. Um estudo da Universidade de Oslo constatou que a licença-paternidade melhora o desempenho na escola. O estudo faz a ressalva de que, em geral, os períodos mais longos de licença são em famílias que já têm boas condições financeiras - as famílias mais pobres não costumam tirar esses períodos.
Por fim, um período maior de licença para os pais beneficia... as mulheres. Sim, porque com a divisão de tarefas com o bebê, a mulher tem mais tempo para se dedicar a si mesma e a sua carreira. Quando precisa se afastar do trabalho por um longo período, a mulher fica sem experiência e sem promoções, e é difícil retomar a carreira do mesmo ponto em que ela foi parada. Mas, quando o trabalho com o bebê é melhor dividido, este efeito é neutralizado.
Segundo a revista, por muitos anos a prioridade dos ativistas por direitos das mulheres foi aumentar a licença-maternidade. Hoje em dia, porém, os governos estão começando a perceber que a melhor maneira de melhorar as perspectivas de carreira das mulheres é aumentando a licença-paternidade.
E no Brasil?
Por aqui, a licença-paternidade é de cinco dias. O País está em 77º lugar no ranking da Save the Children, atrás de países latino-americanos como Argentina (36º), Cuba (40º), Chile (48º), Uruguai (56º), Equador (61º), Venezuela (74º) e Colômbia (75º).

Hoje há alguns projetos de lei em discussão sobre o tema. Dois deles dizem respeito à licença-paternidade: o PL 3935/2008, de Patrícia Saboya (PDT-CE), planeja aumentar a licença-paternidade para 15 dias; o PL 879/2011, da deputada Erika Kokay (PT-DF), para 30.
O Projeto de Lei 6.998/2013, de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), também prevê a ampliação da licença-maternidade para um ano e a licença-paternidade para um mês. "Não será um gasto a mais para as empresas, é um investimento que vai prevenir muitos problemas futuros, não só para a família, mas para a sociedade toda", declarou o autor.

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