07/08/2015
Com o objetivo de conscientizar a população contra a violência sexual de crianças e adolescentes, a Corregedoria Geral da Justiça de Goiás realiza a partir desta segunda-feira (10/8) ações do Projeto Escuta, iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) que tem por objetivo fortalecer a rede de proteção de crianças e adolescentes contra a violência. A iniciativa segue até sexta (14/8).
“O projeto tem esse nome porque a palavra 'Escuta', além de ouvir, também significa perceber o outro em sua demanda e em suas necessidades. No caso do município de Cavalcante, há uma grande demanda de 'escuta' nos casos de violência sexual”, pontua a psicóloga da Secretaria Interprofissional Forense, Ana Paula Xavier.
A iniciativa visa a prevenção, a notificação dos casos, o apoio as vítimas e a promoção da repressão contra os agressores e os violadores de direitos dessas crianças e adolescentes, conforme explicou a assistente social da Secretaria Interprofissional Forense, Maria Nilva Fernandes.
A partir do dia 10 de agosto, a equipe Interprofissional Forense começará o trabalho de orientação nas escolas do município de Cavalcante, no enfrentamento da violência sexual de crianças e adolescentes. “Iniciando o conjunto de ações, vamos divulgar uma cartilha desenvolvida pela equipe com o objetivo de estreitar o diálogo com as crianças e educadores e incentivar as denúncias nos casos de violência sexual e exploração do trabalho infantil. Nós visitaremos tanto as escolas localizadas na cidade quanto nas comunidades Kalungas”, pontuou a pedagoga Cyntia Bernardes. O trabalho nas escolas será auxiliado com a distribuição de uma cartilha de orientação contra o abuso sexual.
Paralelamente ao trabalho de orientação nas escolas, será feita durante a festa tradicional e religiosa de Nossa Senhora da Abadia, a primeira Audiência Pública do segundo semestre, no dia 13 de agosto, no Vão de Almas, presidida pelo corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, com a participação dos juízes auxiliares da CGJGO, juízes da comarca e autoridades, para escutar e ouvir a população kalunga sobre os problemas enfrentados em relação ao abuso sexual, além da distribuição da cartilha de orientação.
“A distribuição da cartilha é para orientação da comunidade e também para as pessoas que foram fragilizadas e que foram vítimas de abuso. Estamos aproveitando o momento festivo da comunidade kalunga com o objetivo de atingir o maior número de pessoas a denunciar esse tipo de violência”, observou o corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho.
Será feita também uma articulação e fortalecimento da Rede de Proteção com o auxílio do Conselho Tutelar, Secretaria de Educação, Ministério Público, instituições religiosas, prefeitura, delegacia e líderes da comunidade para multiplicar ações e orientações para as famílias, turistas, cidadão e profissionais no que diz respeito à violência sexual.
Fonte: TJGO
CNJ
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