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Escritora Afnan Linjawi comemora possibibilidade de votar
“Eu não esperava que isso fosse acontecer tão cedo”, afirmou a escritora saudita Afnan Linjawi à agência árabe. Na segunda-feira (17/08), duas mulheres — uma da cidade de Meca e outra de Medina — se tornaram as primeiras mulheres registradas a votar.
Segundo a autora, que comemora a possibilidade de votar pela primeira vez, o clima é “excitação”. Para Linjawi, trata-se de uma vitória de líderes feministas locais, que pressionaram pela iniciativa há anos.
Embora a medida tenha sido aprovada pelo rei Salman bin Abdelaziz al-Saud, o seu antecessor — Abdullah bin Abdul Aziz, morto em janeiro de 2015 — já havia indicado em 2011 a possibilidade de mulheres votarem nas próximas municipais.
A possibilidade de votação ainda é vista por muitos setores conservadores da sociedade saudita como uma “intrusão ocidental”. “Acredito que qualquer tentativa de mudanças é aplicada, você irá enfrentar oposição”, comenta Afnan Linjawi.
A Arábia Saudita é um dos países com maior desigualdade de gênero. Além da proibição de sufrágio, as mulheres são proibidas de dirigir e até de viajar sozinhas, tendo suas escolhas restritas pela decisão de homens, sejam pais, irmãos ou maridos.
Em dezembro, a nação será palco da terceira eleição municipal desde 2005. Ao menos um terço dos 1.263 centros de votação estão sendo reservados para mulheres no país.
EFE/Arquivo
Salman bin Abdul Aziz é príncipe herdeiro desde junho de 2012, ocupando os cargos de vice-premiê e de titular da Defesa
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