Entre as atletas premiadas na categoria, estava Kimia Alizadeh Zenoorin, a primeira mulher do Irã a receber uma medalha olímpica
19.08.2016 | POR REDAÇÃO MARIE CLAIRE
A premiação das vencedoras do taekwondo feminino desta quinta-feira representou um momento marcante para a história das Olimpíadas: duas muçulmanas usando o véu subiram ao pódio, entre elas Kimia Alizadeh Zenoorin, que no Rio se tornou a primeira mulher do Irã a receber uma medalha olímpica.
A outra atleta que foi premiada usando o véu muçulmano é a egípcia Hedaya Malak Wahba, que, ao lado de Kimia, conquistou o bronze (nessa modalidade, a o terceiro lugar sempre fica com dois esportistas). A prata ficou com a espanhola Eva Calvo e o ouro, com a britânica Jade Jones.
Apesar de o Irã ter levado uma atleta para os Jogos do Rio, o país não permite que mulheres frequentem estádios. Essa lei tem se tornado alvo de protestos de algumas ativistas, incluindo a dentista iraniana Darya Safai, de 41 anos, que atualmente vive na Bélgica mas continua lutando pelos direitos da mulher em sua terra natal.
Após a premiação, Kimia disse que estava "muito feliz pelas mulheres iranianas" e que espera conseguir ouro na próxima Olimpíada.
Darya está no Rio para assistir às Olimpíadas e recentemente conversou com Marie Claire. "O espírito olímpico, que é contra a discriminação, é o que as mulheres iranianas precisam em seu país", disse. "As iranianas estão sendo proibidas de praticar esportes, sob o pretexto de que as roupas são incômodas. E tudo isso é representativo: se as mulheres são excluídas dos esportes, serão excluídas no restante da sociedade."
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