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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

4 fatos sobre Vera Rubin, astrônoma que confirmou a existência da matéria escura

Apesar de ser responsável por uma das principais descobertas da astronomia, ela nunca recebeu um prêmio Nobel

29/12/2016 / POR ISABELA MOREIRA



Vera Rubin (Foto: Instituto Smithsonian)
Em dezembro deste ano, o mundo perdeu uma de suas principais astrofísicas: Vera Rubin. Nascida na cidade da Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia, em julho de 1928, ela começou a se interessar pelos mistérios do universo ainda criança. Décadas depois, a menina que "preferia ficar acordada observando as estrelas em vez de dormir" foi responsável pela confirmação da existência da matéria escura, material que corresponde a 23% da composição do universo.
Rubin faleceu aos 88 anos. Em homenagem à ela, separamos algumas das principais curiosidades sobre sua carreira. Veja abaixo:
1 - Ela se inspirou em grandes mulheres da astronomia
No início da vida adulta, Rubin decidiu que estudaria astronomia na Vassar College, em Nova York, quando descobriu que Maria Mitchell, a primeira astrônoma profissional dos Estados Unidos, foi professora da instituição no século 19. 
Pintura de Maria Mitchell (Foto: Wikimedia/H. Dasell)
Mitchell ficou conhecida após descobrir o "Cometa da Senhorita Mitchell", oficialmente chamado de C/1847 T1, em 1847. No ano seguinte, a astrônoma se tornou a primeira membro mulher da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos e, em 1869, foi a primeira mulher eleita para a Sociedade Americana Filosófica.
Durante sua carreira, ela ainda foi diretora do observatório da Vassar College, bem como ativista pelo fim da escravidão e uma das criadoras da Associação Americana de Avanços das Mulheres.
2 - Ela abriu espaço para a participação de mulheres na astronomia
No início da carreira de Rubin, só homens eram permitidos no Observatório Palomar, na Califórnia. O local era essencial para qualquer observação na região, ainda assim, as autoridades proibiam a entrada de mulheres por não ter "cômodos apropriados para elas". 
Em 1963, Rubin quebrou o estigma e se tornou a primeira mulher a utilizar os telescópios do observatório. Ao longo de sua carreira, ela fez questão de se envolver com diversos projetos e organizações que tinham como objetivo aumentar a participação das mulheres na ciência, principalmente na astronomia. 
3 - Graças à ela, sabemos a composição de parte do universo
No início da década de 1960, Rubin começou a aprofundar seus estudos sobre galáxias. Com a ajuda de seu colega, Kent Ford, ela estudou a distribuição de massa da galáxia de Andrômeda por meio de análises das velocidades de órbitas das estrelas e os gases presentes a diferentes distâncias do centro galáctico. Para a surpresa da dupla, as velocidades não iam de acordo com a Teoria de Newton, e as estrelas que estavam distantes do centro eram tão rápidas quanto as próximas. 
A galáxia de Andrômeda (Foto: Wikimedia/Adam Evans)
Na década seguinte, ao analisar outras galáxias, a astrofísica descobriu que algo além da massa visível era responsável pelo movimento das estrelas: a matéria escura, um material que não emite luz e tem entre cinco e dez vezes mais massa do que a galáxia luminosa.
A existência desse material já havia sido proposta em 1933 pelo astrofísico suíço Fritz Zwicky, mas foi só mais de 40 anos depois, com a descoberta de Rubin, que sua existência pôde ser confirmada. Com isso, descobriu-se que o material compõe 23% do universo.
4 - Rubin nunca ganhou o prêmio Nobel
A astrônoma nunca recebeu um reconhecimento à altura da sua contribuição para a astrofísica. Em entrevista ao Washington Post, a astrônoma Emily Levesque, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, afirmou que o objetivo do Nobel é reconhecer as principais descobertas da física. "Se a matéria escura não se encaixa nessa descrição, não sei o que se encaixa", disse.

Galileu

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