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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Cuba desiste de abrir caminho para casamento gay em nova Constituição



Novo artigo definiria matrimônio como união 'entre duas pessoas'; conceito atual define casamento 'entre um homem e uma mulher'.
HuffPost Brasil
Por Sarah Marsh
19/12/2018
A comissão a cargo da redação da nova Constituição de Cuba revisou um esboço original e retirou totalmente o conceito de casamento, depois de inicialmente incluir uma emenda para permitir uniões entre pessoas do mesmo sexo.

O primeiro esboço da nova Constituição, revelado em julho deste ano, incluía um Artigo 68 que redefinia o matrimônio como neutro quanto ao gênero, em vez de aquele apenas entre um homem e uma mulher, um projeto promovido por Mariela Castro, filha do líder do Partido Comunista, de Raúl Castro.
A polêmica sobre a emenda no país de tradição machista dominou uma consulta pública nacional de três meses sobre a nova Carta Magna, concebida para atualizar aquela dos tempos soviéticos.
As igrejas evangélicas, críticas mais explícitas ao Artigo 68, ameaçaram bloquear toda a reformulação constitucional por causa deste único tópico no referendo sobre a versão final, agendado para o início do ano que vem.
Na terça-feira (19) a comissão disse à Assembleia Nacional que a questão do matrimônio deveria ser tratada no código familiar, que deve ser atualizado pouco depois de a Constituição ser aprovada.
A Assembleia Nacional deve votar nesta semana a versão final, que depois será submetida ao referendo popular.
"A comissão propõe... retirar o conceito de matrimônio do projeto da Constituição como forma de respeitar todas as opiniões", escreveu a Assembleia em sua conta de Twitter. "O matrimônio é uma instituição social e legal".

Os avanços de Cuba


HUFFPOST MÉXICO
Grupo de ativistas LGBT em Cuba.

Na última década Cuba avançou muito nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, e muitos cubanos urbanos e mais jovens e ativistas LGBT saudaram o Artigo 68.
Mas a maioria dos cubanos parece tê-lo rejeitado, e as igrejas evangélicas capitalizaram essa desaprovação em uma campanha política não governamental incrivelmente forte para Cuba, coletando assinaturas para uma petição contra a iniciativa e realizando serviços em protesto.
De agosto a novembro quase 9 milhões dos 11,2 milhões de cidadãos compareceram a mais de 130 mil encontros comunitários em toda a nação para se manifestar sobre o esboço constitucional, noticiou o veículo estatal Cuba debate na terça-feira (19).
O governo qualificou o processo como o melhor exemplo de democracia participativa, mas opositores o classificaram como uma fraude, já que os fundamentos do sistema de partido socialista único de Cuba jamais foram tema de debate.

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