Negras, asiáticas, latinas ou mestiças têm 34% de chance de serem atacadas na rede social
por Matheus Fiore
Não é novidade que as redes sociais são um ambiente tóxico e lotado de machismo, racismo, homofobia e outros preconceitos. Mesmo assim as estatísticas assustam, mostrando que a realidade é ainda pior do que imaginávamos.
No Twitter, por exemplo, uma mulher sofre alguma forma de abuso a cada trinta segundos. O estudo foi feito pela Anistia Internacional e pela startup Element AI, que trabalha com inteligência artificial. No estudo, chamado Troll Patrol (patrula de troll, em tradução livre), as empresas analisaram dados de 288 mil tweets enviados a 778 políticas e jornalistas mulheres nos Estados Unidos e no Reino Unido em 2017.
A pesquisa ainda mostra que para mulheres negras a rede social consegue ser mais hostil, já que a probabilidade de serem mencionadas em tweets abusivos ou problemáticos é 84% maior. A cada dez tweets mencionando mulheres negras, pelo menos um é problemático, enquanto para mulheres brancas a porcentagem é de um a cada 15.
Considerando outras etnias (além de negras, asiáticas, latinas e mestiças), as mulheres têm probabilidade 34% maior de serem atacadas se não forem brancas. Anualmente, 1,1 milhão de tweets ofensivos e direcionados a mulheres são publicados.
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