22.dez.2018
Então é Natal, tempo de milagre até para ateus ortodoxos porque mesmo na guerra é aquele tempo em que a gente baixa as armas e olha para quem está do outro lado da trincheira enxergando a humanidade que nos conecta. Nós esquecemos por um dia as feridas que nos infligimos e enxergamos a dor compartilhada, as perdas mútuas. Celebramos nossa capacidade de criar beleza, alegria e solidariedade. Por um dia, todas as diferenças que nos separam ficam secundárias
Em 2018, muitas mágoas e rancores estão no caminho deste pequeno milagre de Natal. Foi o ano de nos chocarmos com a opinião das pessoas, de sofrermos com intolerância; foi tempo de enrijecer posicionamentos e nos isolarmos em torres de incertezas e superioridades morais. Tudo isso nos afasta, e é natural que seja assim.
Nossa perspectiva da vida, personalidade e ambição são únicas. Nossas dores, nossos desafios, nossas falhas também. Todas as nossas escolhas podem ser espinhos para ferir quem cruza nosso caminho; podem dificultar e às vezes até mesmo impossibilitar a vida do outro. É bem tentador pra quem se machucou a opção de querer se afastar. Mas sozinhos não funcionamos; nossa maior habilidade evolutiva é a nossa capacidade de trabalharmos juntos, de colaborarmos, de nos esquentarmos um no calor do outro pra sobreviver ao inverno.
E para isso, precisamos de um mecanismo para sistematicamente curar as feridas que causamos uns aos outros.
É por isso que o Mamilos de hoje vai falar sobre perdão. Na mesa, contamos com as presenças de Ana Canosa e Fe Duarte, além das participações especiais de Regina Giannetti, Lucas Wallauer, Dominic Barter e Mãe Jacira Ialorixá do Abassa Axé de Ogum .
Vem com a gente e taca-lhe o play nesse Mamilos!
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