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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Especialista em sexualidade diz que pais devem pedir autorização para trocar fraldas de bebês

por: Redação Hypeness
Para esta educadora seuxal, os pais devem pedir permissão aos bebês antes de trocar as fraldas. Deanne Carson enxerga a prática como elemento da chamada “cultura do consentimento”.
“O trabalho que realizamos com crianças, professores e pais é referência internacional na prevenção do abuso. As crianças adquirem noções sobre seus direitos e responsabilidades. Assim, elas são conectadas com pessoas que podem ajudá-las”, explica.

Deanne é membra Aliança Nacional de Saúde LGBTIQ, da Sociedade Australiana de Sexólogos e da Associação Nacional de Palestrantes da Austrália. Ela ressalta que a permissão mostra para a criança desde cedo que o corpo é dela e é preciso autorização para tocá-lo.
Exagerou ou conscientização necessária?

“Trabalhamos com os pais desde o nascimento”.
Carson deu o conselho durante um evento corporativo na Austrália. A educadora sexual não espera que o bebê autorize a troca de faltas, no entanto acredita no poder gerado pelo entendimento da criança como um indivíduo.
“É claro que um bebê não vai responder “sim, mãe eu adoraria ter minha fralda trocada”,  mas se você deixar um espaço e esperar pela linguagem corporal e pelo contato visual, então você estará deixando a criança saber que a sua resposta é importante”, encerrou.
Desde que o discurso foi compartilhado pelo site inglês The Western Journal, Deanne recebeu uma pilha de mensagens de pessoas tirando onda com o que ela havia dito.
“O que você disse foi uma das coisas mais idiotas que eu já ouvi”, escreveu um usuário no Facebook. Teve gente que entendeu e demonstrou apoio, “Seu trabalho é incrível e por isso as pessoas estão zombando”.
A educadora não se abalou. “Podem zombar o quanto quiserem, mas lembrem-se de que estão ajudando no silenciamento das vozes de sobreviventes de abusos sexuais”.
Aqui pra nós, será que minimizar a problematização da educadora ajuda na prevenção do abuso sexual? No Brasil, crianças e adolescentes são as principais vítimas de violência sexual. Entre 2011 e 2017, o país registrou aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes. O levantamento é do Ministério da Saúde.
Foram notificados 184.524 casos no período. Crianças foram alvo em 31,% e adolescentes em 40,5% das ocorrências. A ausência de um debate qualificado sobre educação sexual é apontada por especialistas como um dos pilares.
“É preciso que essa criança saiba expressar os erros que acontecem com ela em casa ou em outro lugar, mas o que a gente nota é um movimento ideológico imbecil que tenta impedir a divulgação de informações sobre direitos sexuais e reprodutivos”, disse a promotora de Justiça do Ministério Público do DF Danielle Martins Silva durante o Fórum Exploração Sexual Infantil, realizado pela Folha de São Paulo em 2017.

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