Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

quarta-feira, 15 de abril de 2020

'A Viagem de Chihiro' é um filme para se ver mil vezes e sempre descobrir algo novo

Em nossa 2ª edição do Cineclube HuffPost, a jornalista e produtora de conteúdo Mikannn falou sobre a obra do mestre Hayao Miyazaki.

HuffPost Brasil

By Rafael Argemon

14/04/2020


DIVULGAÇÃO

Lançado em 2001 no Japão, "A Viagem de Chihiro" virou um hit internacional quando ganhou um Oscar em 2003.

Vencedor do Oscar de Melhor Animação em 2003 e o filme mais famoso do mestre da animação japonesa Hayao Miyazaki no ocidente, o querido A Viagem de Chihiro (2001) foi o assunto da segunda edição do Cineclube HuffPost.

Só para explicar quem não faz ideia do que estamos falando, o Cineclube HuffPost foi uma ideia que tivemos para dar uma amenizada nesses dias de distanciamento social fazendo algo que adorávamos fazer quando era legal sair de casa: bater um papo sobre um filme depois de assistí-lo.
Dividido oito temas, o Cineclube traz, uma vez por semana, dois filmes que serão votados em nossas redes sociais. O escolhido será debatido com um convidado especial em uma live no Instagram toda sexta-feira, sempre às 21h.
Dessa vez, o tema foi o mítico Studio Ghibli - que teve 21 animações lançadas na Netflix desde janeiro - e a convidada a jornalista e produtora de conteúdo Míriam Castro, mais conhecida na internet como Mikannn. No YouTube, ela tem um canal onde comenta séries, filmes e cultura pop desde 2015
E não é que mesmo ela, uma especialista em animes (as animações japonesas), entrou nesse mundo por conta de A Viagem de Chihiro? “Foi o filme que me fez entrar nesse mundo. As pessoas tendem a valorizar muito as premiações e Chihiro foi o único anime até hoje a ganhar um Oscar de Melhor Animação. além disso, as pessoas costumam relacionar os animes a algo infantil. Os filmes do Studio Ghibli, sim, servem para um público infantil, mas também agradam muito os adultos”, disse Mikannn sobre a aceitação do 9º longa de Miyazaki.
Aclamado por público e crítica, A Viagem de Chihiro é frequentemente colocado em listas de melhores filmes da década de 2000 e às vezes até de todos os tempos. Tanto que em 2016 ficou em 2º lugar na lista de melhores filmes do respeitado jornal americano The New York Times e em 4º na lista da rede de TV inglesa BBC.
“A premiação foi muito importante para isso. Só por ser indicado ao Oscar já faz o filme ganhar muito em distribuição. Democratiza o acesso a ele. Ainda mais um que ganhar um Oscar e um festival importante como o de Berlim. Faz com que as pessoas se interessem por ele. As premiações dão um empurrãozinho para que as pessoas se esforcem um pouco mais para conhecer algo novo”, explica Mikannn.
“E a distribuição da Disney Pixar, claro, ajuda demais. Eles distribuem filmes do Studio Ghibli nos Estados Unidos desde Princesa Mononoke [1997], que é o filme do Myiazaki anterior a Chihiro, e lá Mononoke ganhou também um status que outros filmes do estúdio ainda não tinham por lá”, completou.
Mas além desses aspectos mais comerciais, A Viagem de Chihiro é um filme apaixonante. Na trama, Chihiro, uma menina de 10 anos, está triste porque está de mudança para uma nova cidade. Na viagem com seus pais, eles acabam se perdendo e acabam em uma estrada abandonada. No final do caminho encontram um túnel. Seus pais resolvem investigar o local e ela, mesmo com medo, vai junto.
No final do túnel eles descobrem um lugar que parece um parque de diversões abandonado, mas seus pais, com fome, são atraídos a uma barraca que está abarrotada de pratos dos mais variados e apetitosos, que eles se servem sem cerimônia enquanto Chihiro vasculha um pouco mais o local. A noite começa a cair e Chihiro volta para encontrar seus pais, mas quando os encontra percebe que eles se transformaram em porcos e que aquele lugar estranho começou a ser invadido por ser mágicos.
Até que ela encontra Haku, um garoto com poderes extraordinários que promete ajudá-la a salvar seus pais. Para isso, ele pede para que ela peça um emprego em uma casa de banhos para seres esquisitos comandada por uma bruxa chamada Yubaba.


DIVULGAÇÃO

Chihiro, já como Sen, e a bruxa Yubaba.

Chihiro é especial, porque você pode não entender nada de cultura japonesa e mesmo assim entende muito bem a história. É como um Alice no País das Maravilhas. Por mais que tenha toda uma forte carga de simbolismos e seres de uma mitologia que você não conhece, é uma história universal de amadurecimento”, diz Mikann.
“Quando comecei a entender um pouco mais de japonês e vi aquela cena em que a Chihiro assina o contrato com a Yubaba, vi que cada vez que você assiste esse filme, você descobre algo novo. Quando ela escreve o próprio nome e a Yubaba passa a mão sobre a assinatura e suga algumas letras, o único ideograma que fica na página é ‘Chi’, que pode ser lido também como Sen, em japonês, que é o novo que ela, Yubaba quer para Chihiro, para que a menina esquecesse sua própria história.  Aí você entende também o que significa o nome original do filme, ‘Sen to Chihiro no kamikakushi’: A Viagem de Sen e Chihiro. Kamikakushi é como se fosse uma viagem espiritual. Ou seja, uma viagem espiritual de duas pessoas em uma. Descobrir depois esse tipo de informação é muito legal, e esse filme tem muito disso. É fascinante. Todo mundo tem que ver”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário