O aumento da violência doméstica é a maior preocupação durante o isolamento social.
Defensoria Pública do Estado do Paraná
07/04/2020
A pandemia causada pelo COVID-19 tem provocado o caos em diversos setores obrigando a população a permanecer em isolamento social, medida que traz benefício para estagnar a propagação do vírus, mas ao mesmo tempo, preocupação com os acontecimentos dentro de casa.
A violência doméstica, que desde sempre apresentou índices alarmantes, infelizmente tende a aumentar neste período, fazendo com que ações voltadas à prevenção e ao auxílio das vítimas sejam prioridades.
Foi pensando nisso que o Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), em parceria com a Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná (EDEPAR), lançou a cartilha “Mulheres e Covid-19: a proteção não pode parar”. A iniciativa busca conscientizar ainda mais sobre como se configura uma violência doméstica, orientando também as pessoas que têm contato com a vítima (vizinhos, familiares, amigos…) a denunciarem caso seja preciso.
No Paraná há uma rede de proteção formada pela Defensoria Pública, Delegacia da Mulher, Ministério Público e Tribunal de Justiça, que continua atuante, mesmo sem serviços presenciais, e todos os órgãos podem ser acionados para resolver os conflitos durante este período.
Para a coordenadora do Nudem, dra Lívia Brodbeck, é preciso empoderar as mulheres vítimas de violência para que façam a denúncia, e quando terceiros ouvirem ou presenciarem alguma situação, devem tomar partido e auxiliar da melhor maneira possível.
Outra novidade lançada pelo núcleo é um chat de apoio, disponibilizado no site da DPE-PR. Acessando o botão, que fica na página inicial, é possível entrar em contato direto com o Telegram do NUDEM. “De segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, as mulheres podem entrar em contato para esclarecer dúvidas sobre encaminhamentos, tipos de violência e busca por apoio, caso tenham enfrentado alguma situação”, explica a coordenadora.
Vale ressaltar, que violência contra a mulher é crime e o combate deve ser permanente. Denuncie!
Acesse a Cartilha
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O ciclo da violência doméstica
O ciclo da violência desenvolve-se em uma sequência de três fases, que se repete ao longo do tempo. Este ciclo repetitivo apresenta: Momento de tensão, quando o homem começa a ter comportamento violento, a tensão aumenta e o abuso pode iniciar-se; A explosão da violência: o abusador parte para o ato de agressão; e em seguida a “Lua-de-mel”, na qual o abusador pede desculpa, faz promessas, culpa a vítima por ser causa do abuso e tenta desvalorizar a situação.
No início do relacionamento dificilmente o agressor vai se manifestar, geralmente trata a mulher como uma princesa, mas com o passar do tempo iniciam-se as agressões. Muitas vezes a violência aparece de forma psíquica, não deixa marcas visíveis, mas acaba com a moral e autoestima da mulher. Nesses casos, afeta o psicológico por meio de xingamentos, humilhações e até mesmo com ameaças de morte. Após uma série de violências psicológicas, as agressões físicas podem vir a acontecer e até um feminicídio, em alguns casos.
Fique atenta e não permita que esse ciclo faça parte de sua vida!
A violência doméstica, que desde sempre apresentou índices alarmantes, infelizmente tende a aumentar neste período, fazendo com que ações voltadas à prevenção e ao auxílio das vítimas sejam prioridades.
Foi pensando nisso que o Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM), em parceria com a Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná (EDEPAR), lançou a cartilha “Mulheres e Covid-19: a proteção não pode parar”. A iniciativa busca conscientizar ainda mais sobre como se configura uma violência doméstica, orientando também as pessoas que têm contato com a vítima (vizinhos, familiares, amigos…) a denunciarem caso seja preciso.
No Paraná há uma rede de proteção formada pela Defensoria Pública, Delegacia da Mulher, Ministério Público e Tribunal de Justiça, que continua atuante, mesmo sem serviços presenciais, e todos os órgãos podem ser acionados para resolver os conflitos durante este período.
Para a coordenadora do Nudem, dra Lívia Brodbeck, é preciso empoderar as mulheres vítimas de violência para que façam a denúncia, e quando terceiros ouvirem ou presenciarem alguma situação, devem tomar partido e auxiliar da melhor maneira possível.
Outra novidade lançada pelo núcleo é um chat de apoio, disponibilizado no site da DPE-PR. Acessando o botão, que fica na página inicial, é possível entrar em contato direto com o Telegram do NUDEM. “De segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, as mulheres podem entrar em contato para esclarecer dúvidas sobre encaminhamentos, tipos de violência e busca por apoio, caso tenham enfrentado alguma situação”, explica a coordenadora.
Vale ressaltar, que violência contra a mulher é crime e o combate deve ser permanente. Denuncie!
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O ciclo da violência doméstica
O ciclo da violência desenvolve-se em uma sequência de três fases, que se repete ao longo do tempo. Este ciclo repetitivo apresenta: Momento de tensão, quando o homem começa a ter comportamento violento, a tensão aumenta e o abuso pode iniciar-se; A explosão da violência: o abusador parte para o ato de agressão; e em seguida a “Lua-de-mel”, na qual o abusador pede desculpa, faz promessas, culpa a vítima por ser causa do abuso e tenta desvalorizar a situação.
No início do relacionamento dificilmente o agressor vai se manifestar, geralmente trata a mulher como uma princesa, mas com o passar do tempo iniciam-se as agressões. Muitas vezes a violência aparece de forma psíquica, não deixa marcas visíveis, mas acaba com a moral e autoestima da mulher. Nesses casos, afeta o psicológico por meio de xingamentos, humilhações e até mesmo com ameaças de morte. Após uma série de violências psicológicas, as agressões físicas podem vir a acontecer e até um feminicídio, em alguns casos.
Fique atenta e não permita que esse ciclo faça parte de sua vida!
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