Uma plataforma focada em criar pontes. Com ferramentas, livros, dados originais baseados em estudos de amplitude nacional e filmes, tudo 100% público. Mãos à obra?
publicado em 29 de Março de 2019
Se você atua em grupos, coletivos, órgãos públicos, escolas, universidades, empresas e tem a intenção de cultivar diálogos entre quem pensa muito diferente, acabou de chegar em um local com recursos úteis, todos fruto de trabalho cuidadoso de uma vasta e diversa rede.
Use livremente e compartilhe à vontade, pedimos apenas a gentileza de sempre nos creditar. E quando puder, nos conte de como usou os recursos por email ( posts@papodehomem.com.br ) ou por DM, no instagram @papodehomem . Escutar o retorno de vocês é essencial pra seguirmos desenvolvendo novas ferramentas e também pra nos encher o peito de energia.
Índice
1. Origem da plataforma
2. Como conversar com quem pensa muito diferente de nós? (livro-ferramenta, disponível por download pra versão desktop e mobile)
2.1 Como conversar com quem pensa muito diferente de nós? (base de dados da pesquisa)
3. Como conversar com quem pensa muito diferente de nós? (mini-documentário)
4. Como conversar com homens sobre violência contra as mulheres (livro-ferramenta, disponível por download pra versão desktop e mobile)
5. Avós e netos: o que uma geração pode aprender com a outra? (vídeo-convite)
6. Como criar um grupo de homens, um guia básico
7. Agradecimentos
* * *
1. Origem da plataforma
Quando reclamamos que está cada vez pior conversar no Facebook, nos grupos de Whatsapp, nos almoços de família ou mesmo nas rodas de amigos, somos confrontados com uma realidade que nós mesmos ajudamos a criar e sustentar.
A reação natural é dizer que o problema está, claro, no outro.
Ficamos abismados com a capacidade das “outras” pessoas em expressar ódio, a indescritível preguiça que parecem ter de ler e-mails e a incapacidade de apreciar a superioridade auto-evidente de nossos argumentos. Ninguém mais presta atenção em nada, não à toa está essa bagunça toda.
Reconhecer que tudo isso também está em nós é um excelente começo.
Somos um emaranhado de contradições, vontades, medos, hábitos e crenças, em constante fluxo. Acolher a confusão de nosso mundo interno facilita julgar menos e nos conectar com a outra pessoa de modo mais aberto.
O desafio não é convencer todo mundo do "lado de lá" a vir para onde estamos, é deixar nossas bolhas e construir outras mais favoráveis, coletivamente. E para isso, empatia e boa intenções não bastam.
Conversar com quem pensa muito diferente de nós exige treino. Continuidade, paciência, tempo, respiro.
Mas confie. O músculo necessário para esses diálogos logo toma forma. Convide os amigos para praticar junto. Aspiramos que usem o material a seguir como ferramenta e cultivem uma rede nutrida pela motivação compartilhada de construir pontes com quem jamais pensaram em trocar mais do que duas palavras.
É tempo de mais pessoas construtoras de pontes.
A confiança de que esse tempo chegou uniu PapodeHomem, Instituto PdH (Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento em Florescimento Humano) e Instituto Avon na concepção dessa plataforma focada no longo prazo, cuja aspiração é promover diálogos mais construtivos, amorosos e saudáveis, por meio da produção de pesquisas, livros, filmes e treinamentos. Hoje nos focamos nos campos da equidade de gênero, impacto emocional do jornalismo e fim da violência doméstica.
2. Livro com resultado completo da pesquisa "Derrubando muros & construindo pontes"
Em pesquisa inédita, mapeamos as principais emoções e obstáculos envolvidos em diálogos com quem pensa muito diferente de nós sobre temas de gênero.
Essa é uma pesquisa realizada por nós junto ao Instituto Avon, com grande alegria. É resultado da imensa colaboração de toda a comunidade PdH, pois graças a vocês obtivemos mais de 9.000 respostas, quando fizemos o chamado lá atrás. Como prometido, estamos de volta com um livro recheado, contendo:
- o resultado da pesquisa, dissecado visualmente
- um guia de como dialogar com quem pensa muito diferente de nós
- um guia de boas práticas jornalísticas
Baixe aqui nosso livro. Ele está formatado para facilitar leitura também no celular.
O material contém ainda um "Guia para conversar com quem pensa muito diferente" e um "Guia de boas práticas jornalísticas para construirmos mais e melhores pontes".
2.1 Apresentação com 200 slides com todos os cruzamentos possíveis de dados (o livro contém só os mais relevantes)
Baixe aqui. E aqui pode você pode acessar e baixar a base de dados das 9.000 respostas (sem nenhum dado que pessoalize as respostas), para rodar suas próprias análises.
3. Minidocumentário completo, baseado na pesquisa
4. Baixe nosso livro-ferramenta "Como conversar com homens sobre violência contra as mulheres"
Baixe aqui a versão celular, adaptada pra whatsapp.
O livro oferece caminhos práticos para dialogar com quem sofreu e também com quem cometeu abuso, explica o que é o ciclo da violência e indica sinais comuns de abuso.
Situações de violência em um casal são relacionais, mais profundas e complexas do que aparentam à primeira vista, e cabe bastante atenção ao mergulharmos nas nuances desse tema.
Ouvimos diversos especialistas com experiência direta na condução de grupos reflexivos com homens autores de violência, como Adriano Beiras (Instituto NOOS), Sérgio Barbosa ("Tempo de Despertar") e Flávio Urra (grupo "E agora, José?").
Além disso, conta também com um mapeamento nacional com mais de 50 grupos reflexivos para homens autores de violência, realizado em parceria com o professor e pesquisador Adriano Beiras, da UFSC.
Caso você não possa participar de um desses grupos, por qualquer motivo, o livro inclui um guia de como montar um desses grupos reflexivos na sua cidade.
Sumário de tudo que vão encontrar no livro:
5. Avós e netos: o que uma geração pode aprender com a outra?
6. Como criar um grupo de homens, guia básico
Baixe aqui. É um compilado de boas práticos e sugestões, acumuladas por nós ao longo de 13 anos. Nem de longe é uma receita de bolo. É um trabalho em construção permanente.
Sua intenção é ser fagulha e nos ajudar a termos pelo menos um grupo de homens em cada um dos 5.570 municípios do país, como sonhamos em nosso documentário.
7. Agradecimentos
Nosso imenso obrigado, Instituto Avon, El Toro Filmes, Quebrando o Tabu, Estudio Nono, Espaço Udjain. Mafoane, Daniela, Gabrielle, Felipe, Luciano, Guima (todo time El Toro), Inara, Jorge, Renata, Carol Nalon, Hermes, Gabriela, Yann, Paulo. Mari, Dyg, Beá, todo o time Quebrando. E todas as pessoas que com certeza esqueci e fizeram parte dessa jornada.
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