A cada dois dias, Polícia entra em contato com 26 mulheres atendidas pela medida por vídeo chamada. Visitas presenciais foram reduzidas para uma vez por semana.
Por Greici Mattos, RBS TV de Caxias do Sul
14/04/2020
Com as restrições de distanciamento social por conta da Covid-19, a Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar de Farroupilha, na serra gaúcha, adaptou o trabalho. Para evitar a possibilidade de transmissão do vírus, as mulheres vítimas de violência que têm medidas protetivas são atendidas à distância.
A polícia está fazendo vídeo chamadas para falar com as 26 mulheres que contam com a medida protetiva. Assim, reduzem os deslocamentos mas seguem em contato com elas. As conversas acontecem a cada dois dias e as visitas presenciais foram reduzidas para uma vez por semana.
A polícia está fazendo vídeo chamadas para falar com as 26 mulheres que contam com a medida protetiva. Assim, reduzem os deslocamentos mas seguem em contato com elas. As conversas acontecem a cada dois dias e as visitas presenciais foram reduzidas para uma vez por semana.
Caso precisem, as mulheres podem entrar em contato por aplicativos de mensagem a qualquer momento.
"Nesses dias de isolamento nós estamos entrando em contato telefônico com as mulheres para passar orientações e informações e diante de qualquer emergência elas devem ligar para o 190", informa a patrulheira Maria da Penha, soldado Cristiane Gugel.
Além dos policiais, uma psicóloga também apoia o trabalho e ajuda na escuta.
"A gente tenta entender o contexto, o que tá acontecendo com ela. E não é o simples fato de ouvir mas também poder ofertar os serviços da rede de proteção para que essa mulher seja amparada em todos os aspectos que necessita neste momento", aponta a psicóloga voluntária da coordenadoria da mulher, Maikele Dias.
Segundo a polícia de Farroupilha, os casos de violência doméstica e as prisões por esse crime aumentaram na segunda quinzena de março, período em que iniciou o isolamento na cidade. As ocorrências aumentaram 10% e as prisões, 300%.
O subcomandante do 36º Batalhão da Polícia Militar, major Juliano André Amaral, ressalta a importância das mulheres fazerem o registro de ocorrência contra o agressor.
"Então nós estamos aqui justamente para dizer para as mulheres que muito mais que policiamento, a patrulha Maria da Penha está levando a essas mulheres e a toda sociedade o devido amparo e encaminhamento de todas as demandas que são particulares desse tipo de situação.
As mulheres que não têm celular ou acesso à internet continuarão recebendo as visitas presenciais.
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