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sábado, 18 de julho de 2020

5 motivos para ver 'I May Destroy You'

1 - Michaela Coel, 2 - Michaela Coel... Claro, há mais motivos, mas só o incrível talento de Michaela Coel já é suficiente.

HuffPost Brasil

By Rafael Argemon

14/07/2020


Coprodução da BBC e HBO, I May Destroy You estreou sem muito alarde por aqui no dia 12 de maio, mas depois de apenas cinco episódios exibidos no Brasil, a série já mostrou que tem tudo para ser uma das melhores de 2020.

Criada, escrita, protagonizada e até co-dirigida por Michaela Coel, a produção semi-autobiográfica conta a história de Arabella Essiedu, uma escritora londrina de ascendência ganesa que ficou famosa no Twitter. Enquanto escreve seu segundo livro, ela decide dar uma relaxada e vai em uma balada com um amigo. Mas lá ela é drogada e abusada sexualmente.
Confusa e sem saber direito o que aconteceu, ela passa por diferentes fases do trauma ao lado de seus melhores amigos, a atriz Terry Pratchard (Weruche Opia) e Kwame (Paapa Essiedu), que também é estuprado por um date que descolou no Grindr.
Às vezes engraçada, outras bem pesada, I May Destroy You coloca o dedo na ferida da questão do consentimento/abuso sexual de um jeito assustadoramente natural que desconcerta o espectador. Tudo embalado por roteiro afiado, atuações excelentes e trilha sonora contagiante que merece mais a atenção do público.
Se você ainda não está convencido, enumeramos aqui cinco motivos para que você não deixe de ver essa incrível série que é I May Destroy You

1 - O talento de Michaela Coel




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A atriz/roteirista/diretora londrina de apenas 32 - ganhadora do prêmio BAFTA de Melhor Atriz em Série de Comédia por Chewing Gum - tem tudo para ser a nova Phoebe Waller-Bridge, que explodiu no ano passado com a premiada série Fleabag. E ela mesma tem muita noção de seu potencial. Tanto que, em uma entrevista recente, Michaela contou que recusou um contrato milionário com a Netflix para poder ter total liberdade para criar, escrever e co-dirigir I May Destroy You

2 - Roteiro matador

Dentre todas as qualidades de I May Destroy You, uma das que mais salta aos olhos é o roteiro. Econômico quando tem de ser e recheado de diálogos e sacadas afiadíssimas, o texto de Michaela Coel transita entre a comédia ácida para o drama do abuso sexual com uma naturalidade desconcertante.

3 - A excelente atuação de Paapa Essiedu




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Colega de Michaela desde os tempos em que estudavam artes dramáticas, Paapa Essiedu é uma das grandes revelações/atrações da série. Aqui ele é Kwame, um jovem adulto negro e gay que no começo de I May Destroy You parece alguém forte, seguro de si e livre para fazer o que bem entende, mas que depois de um date em que sofre um abuso sexual, se despedaça. Essiedu nem precisa de palavras para exprimir a montanha russa de sentimentos que seu personagem vive. Ele consegue passar de alguém que é “o dono do mundo” para uma pessoa totalmente acuada e insegura em milésimos de segundo apenas com o olhar. Um ator que tem tudo para ser uma estrela em um futuro bem próximo.

 4 - Uma desconcertante e reveladora discussão sobre consentimento/abuso sexual

Assunto cada vez mais na pauta de discussão do dia, o limite entre o consentimento e o abuso sexual tem um grande peso na trama da série, que trata a questão com muita propriedade, já que a própria Michaela foi vítima de um caso semelhante ao que acontece com Arabella. E ela não escolhe caminhos “fáceis”, sobrepondo experiências de personagens diferentes em contextos distintos. É uma série que levanta a bola para muitas discussões e abre o olho de muita gente para esse fato tão assustadoramente corriqueiro.

5 - Um retrato ácido (mas terno também, por que não?) da geração “blogueirinha”




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É muito fácil descambar para a “tiração de sarro” pura e simples quando se quer retratar a obsessão das gerações mais novas com as redes sociais, mas Michaela Coel sabe equilibrar o humor com a crítica de costumes de uma forma muito orgânica. Arabella é desleixada e atenta, procrastinadora e talentosa, antenada e desligada e as redes sociais são parte essencial de sua vida, para o bem e para o mal. Por mais que você não chegue nem perto do perfil “blogueirinha”, você entende e se identifica com as ações da personagem. 

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