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terça-feira, 28 de julho de 2020

'Normal People' retrata a beleza e as agruras do 1º amor de forma avassaladora



Baseada no livro da irlandesa Sally Rooney, minissérie britânica já é, certamente, um dos destaques de 2020.

À primeira vista, a história da minissérie britânica Normal Poeple, que no Brasil estreou na relativamente desconhecida plataforma Strazplay, pode parecer banal. E, em partes, até é. Um garoto pobre e popular da escola e uma garota rica e sem amigos que descobrem a força do primeiro amor em uma pequena cidade do interior.

Porém, a banalidade da trama baseada no livro da irlandesa Sally Rooney - indicado a um dos principais  prêmios literários mundiais, o Booker Prize, em 2018 - é proposital e peça fundamental na construção da poderosa narrativa de Rooney. 
Banal, sim. Clichê, jamais.
É na forma com que conta a história do romance, cheio de idas e vindas dos jovens Connell (Paul Mescal) e Marianne (Daisy Edgar-Jones), que está a força do texto de Rooney, belamente transportado para as telas pela própria autora junto com os roteiristas Alice Birch e Mark O’Rowe.
Connell e Marianne agem como jovens de sua idade, não como estereótipos tão corriqueiros em tramas que retratam o amor adolescente/jovem. Eles parecem realmente tomados pelo desejo inseguro e avassalador da paixão, extasiados com as primeiras descobertas do sexo, mesmo que este ainda seja desajeitado.
Eles julgam e são julgados. Eles amam e erram. E como erram. Principalmente Connell. Por motivos fúteis, por falta de autoestima, por preconceito, por julgamentos totalmente equivocados... Jovens sendo jovens, com tudo de bom e tudo de ruim que a falta de experiência nos proporciona.
Mas não é apenas o excelente roteiro que faz da experiência de assistir Normal People algo apaixonante. A direção precisa e sensível de Lenny Abrahamson (do drama O Quarto de Jack) e Hettie Macdonald também se mostra essencial.
No entanto, a cereja no bolo é a atuação impressionante da dupla de protagonistas. Paul Mescal e Daisy Edgar-Jones, cada um a sua maneira, se entregam com tamanha dedicação a seus personagens que às vezes parece que estamos vendo um vídeo diário de pessoas reais.
Pensando bem, é exatamente nisso que está o segredo de Normal People. Nas pessoas reais. Connell e Marianne são pessoas normais. Gente que conhecemos ao longo dos anos, que vivem as paixões mais incríveis das formas mais banais. Que choram as desilusões mais doloridas por uma palavra dita na hora errada.
Normal People é, certamente, um dos destaques que 2020 que, infelizmente, não será tão popular quanto tantas outras séries medíocres apenas por fazer parte de catálogos de plataformas de streaming mais populares como Netflix ou Amazon Prime Video.

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