Propondo a ressignificação do espaço público e criando novas imagens dentro da paisagem urbana, o projeto mistura poesias, grafites e instalações
por Soraia Alves
8.set.2020
A primeira edição do ContemporâneasVivara volta sua atenção para São Paulo em um convite a três artistas – Hanna Lucatelli, Ryane Leão e Verena Smit – para criar intervenções simbólicas por meio da linguagem visual. Propondo a ressignificação do espaço público e criando novas imagens dentro da paisagem urbana, o projeto com patrocínio da Vivara mistura poesias, grafites e instalações em novas experimentações dentro da cidade.
Urbano, vibrante e plural, a ideia também reforça a importância do protagonismo e da representatividade feminina. Sob curadoria de Vivi Villanova, youtuber de um dos principais canais brasileiros de arte, e idealizado por Stefania Dzwigalska, produtora e sócia da Tetê-à-Tetê, o ContemporâneasVivara conta com 90% de sua equipe formada por mulheres. O projeto valoriza as raízes femininas e possibilita novas caminhos de presença e expansão deste olhar para o mundo.
A ideia partiu do princípio de olhar o mundo de fora e os ciclos, de dentro, contemplando toda a potência desses processos. As primeira ideias vieram através de uma tela, mas com a atenção voltada ao humano que sempre se expande e se adapta. O projeto de arte pública representa um cuidado especial com a fala feminina, com um momento de reflexão e uma ressignificação dos espaços: “Compreendemos a importância de valorizar ainda mais a arte e a criatividade em momentos como este. Com o projeto ContemporâneasVivara, vemos a possibilidade de tornar as criações de mulheres mais acessíveis para todos, fazendo parte da vida cotidiana da cidade”, explica a diretora de marketing da Vivara, Marina Kaufman.
A grafiteira Hanna Lucatelli, responsável por alguns dos mais marcantes painéis do Elevado, no centro de São Paulo, uniu seus traços e cores às palavras da poetisa e educadora Ryane Leão para a criação de cinco murais distribuídos em endereços distintos, porém um se conectando ao outro.
Já Verena Smit, fotógrafa, comunicadora e multiartista de olhar sensível, será a autora de cinco instalações com permanência de dois meses, espalhadas por um espaço inédito de São Paulo. A ideia é produzir instalações com poesias, que apesar de interligadas, podem ser compreendidas separadamente.
Além disso, a ContemporâneasVivara acontece simultaneamente no digital. A galeria de todas as obras ficará disponível por meio da hashtag “#contemporaneasvivara“, estratégia para potencializar a experiência do real, reverberando ainda mais o projeto de arte pública nas mídias sociais.
Para os interessados, a galeria também estará disponível integralmente no site contemporaneasvivara.com.br.
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