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quarta-feira, 11 de julho de 2012


Trabalho de parto dura mais para mulheres que temem dar à luz, diz estudo

DO "NEW YORK TIMES"

Um novo estudo descobriu que o trabalho de parto dura mais para as mulheres que temem dar à luz que para as que não temem.
Pesquisadores noruegueses avaliaram o medo do trabalho de parto das gestantes por meio de um questionário de 33 itens que elas preencheram na 32ª semana de gestação.
Após a exclusão de gestações múltiplas, apresentações pélvicas --quando o feto está em posição fetal invertida-- partos prematuros e cesarianas eletivas, permaneceram 2.206 gestantes no estudo, publicado on-line na semana retrasada, no periódico "BJOG", do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists
Alguns fatores eram mais comuns às mulheres que temiam o trabalho de parto: por exemplo, não ter dado à luz antes, utilizar medicamentos para acelerar o trabalho de parto e já ter dado à luz por parto normal com utilização de instrumentos.
Porém, mesmo após a adequação desses e de outros fatores, o tempo de duração do trabalho de parto das 50% mais temerosas na escala de medo do parto foi em média 47 minutos maior que o das 50% menos temerosas. O medo do parto foi um fator de prognóstico independente de um trabalho de parto mais demorado.
Por que isso ocorre? "Não sabemos ao certo", afirmou a principal autora do estudo, Samantha Salvesen Adams, pesquisadora do Hospital Universitário de Akershus, em Lorenskog, Noruega.
"Mas existem duas hipóteses. A primeira é que a quantidade de hormônios do estresse é mais elevada nas mulheres estressadas durante a gestação, e eles podem diminuir a capacidade de contração do útero. Como segunda hipótese, nós cogitamos que talvez a comunicação entre as mulheres temerosas do parto e os profissionais de saúde, durante a gestação, ocorra de um modo diferente", afirma. Esse último fator talvez atrase a tomada de providências que poderiam acelerar o parto.

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