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domingo, 5 de maio de 2013


Longa jornada é o que impede mães de crescerem no trabalho, diz estudo

Yahoo cria licença-paternidade; entenda a relação dos casos

Marissa Mayer, CEO do Yahoo,
está no centro do debate. Entenda abaixo.
Foto: AP Images
Com o discurso sobre a presença da mulher no mercado de trabalho ultrapassado - uma vez que elas já são maioria em áreas antes ocupadas só por homens - o holofote do neofeminismo se direciona para os únicos cargos que as mulheres ainda têm dificuldade de alcançar: os de chefes. A tendência, segundo aponta um novo estudo, não tem a ver apenas com limitações de gênero no ambiente de trabalho ou com padrões psicológicos impostos pelas próprias mulheres, como já levantado pela top executiva do Facebook, Sheryl Sandberg, em seu livro “Faça Acontecer” (Cia das Letras).

No mês das mães, uma pesquisa divulgada pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e publicada na revista acadêmica Gender & Society, mostra que, quando uma mulher se torna mãe, ela tem 52% mais chances de deixar o trabalho do que teriam seus colegas do sexo masculino e outras mulheres sem filhos. A pesquisadora Youngjoo Cha, autora do projeto, usou como universo do estudo os ambientes de trabalho com jornada de 50 horas semanais para entender por que só os homens sobrevivem em carreiras competitivas e também de alta remuneração.

Apesar de parecer óbvio, a validade do estudo se justifica por provar que não é a maternidade em si que faz com que as mulheres deixem a profissão para trás antes de chegarem a uma posição de liderança. Para Youngjoo Cha, o problema por trás da desistência da carreira não é ser mãe, e sim ter que manter uma jornada longa de trabalho tendo filhos para cuidar, enquanto os pais podem seguir sua rotina profissional normalmente fora de casa. Por esse ponto de vista, ambientes tidos como "essencialmente masculinos" seriam assim não porque os homens são melhores em determinadas funções, mas porque não há facilitadores de crescimento à mulher que é mãe.

Para ilustrar isso, o estudo pontua que “tornar-se pai não tem efeito algum na mobilidade de homens com longas jornadas de trabalho”. Em vez de tentar encontrar respostas, a pesquisa da Universidade de Indiana contribui com mais perguntas ao debate sobre carreira na era do neofeminismo: mulheres devem ver a si mesmas e serem vistas como iguais aos homens ou devem se diferenciar deles com vantagens e jornadas exclusivas para continuarem trabalhando?

Licença-paternidade
Enquanto a pesquisa da Universidade de Indiana era divulgada, o site de buscas e portal Yahoo comunicou uma manobra que pode mudar a forma como a empresa é vista no mercado em comparação com os gigantes de web Google e Facebook, tidos como duas das melhores empresas do mundo para se trabalhar. É que a CEO do Yahoo, Marissa Mayer, anunciou com orgulho nesta semana que a empresa vai oferecer dois meses de licença-paternidade remunerada aos homens que tiverem filhos, uma realidade incomum nas empresas americanas.

Marissa lançou também uma ampliação da licença-maternidade remunerada de dois para quatro meses. A iniciativa, segundo aponta a imprensa internacional, tem o objetivo de atrair talentos para o Yahoo, que estaria sofrendo com a concorrência de outras empresas de internet do Silicon Valley, na Califórnia, pólo tecnológico mais famoso do mundo.

Outra suposição é a de que a CEO Marissa Mayer estaria tentando suavizar sua imagem após ter tomado duas decisões fortemente criticadas por mulheres do mundo corporativo. Depois de ter sido contratada grávida para chefiar o Yahoo – uma notícia comemorada pelas feministas – Marissa divulgou que abriria mão de sua licença-maternidade para assumir o cargo. Já este ano, a executiva resolveu suspender a modalidade de trabalho home office - feito de casa - considerada uma salvação para as mães que trabalham na empresa.

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