O que a mãe diz pode dar ou tirar a força dos filhos
por Saulo Fong
Reflexão - "Ao dizer o que estou prestes a dizer, estarei dando ou tirando a força de meu filho?" É inegável a influência que as mães têm sobre seus filhos.
Infelizmente, muitas mães ainda não têm consciência de seu poder sobre eles. É através delas que a maioria dos valores e crenças pessoais é transmitida para os filhos. Isso acontece devido à forte ligação que se forma entre a mãe e seu filho(a).
Basta apenas observar a interação de um bebê perto de sua mãe. Qualquer bebê necessita e quer a atenção primeiramente da mãe. Se a mãe não estiver disponível, a criança irá procurar muito provavelmente o pai. Caso ambos não estejam disponíveis, ela buscará a atenção de qualquer adulto que esteja disponível.
A primeira infância que vai do nascimento até os seis anos de idade, é a fase onde acontece o maior desenvolvimento cerebral do ser humano. Nessa fase, os estímulos externos são registrados com mais força e facilidade na criança. Neste artigo trato apenas dos estímulos mentais que acontecem através da comunicação verbal.
Como se forma uma crença?
Uma crença se forma a partir de uma ideia repetida inúmeras vezes até se tornar uma verdade para a pessoa. Quando essa ideia é dita e repetida pela própria mãe, a influencia é ainda potencializada. Quando uma mãe diz ao filho frases como: "Você é chato" ou "Você não aprende", essas ideias agem diretamente no estado mental e emocional da criança influenciando-a até mesmo na fase adulta. Uma pessoa que acredita ser chata pode ter um constante sentimento de inadequação.
Uma pergunta que pode ajudar a guiar a mãe na educação do seu filho é:
- Ao dizer o que estou prestes a dizer, estarei dando ou tirando a força de meu filho?
Com relação à reflexão e à consciência dos próprios atos, mais vale a mãe questionar do que afirmar, pois perguntas geram possibilidades enquanto as repostas apenas definem uma situação.
Conhecer e estudar os mecanismos e as dinâmicas da mente humana é essencial para educar crianças mais resilientes, conscientes e maduras emocionalmente.
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