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terça-feira, 14 de maio de 2013


Vereador quer ônibus exclusivo para mulheres

Objetivo é evitar os casos de assédio; proposta foi apresentada ontem na Câmara Municipal de Curitiba
Proposta busca a segurança das passageiras / Rodrigo Félix Leal/Metro CuritibaProposta busca a segurança das passageirasRodrigo Félix Leal/Metro Curitiba

A Câmara de Curitiba começou a debater um projeto de lei que sugere a criação de ônibus do transporte coletivo exclusivo para mulheres com o objetivo de prevenir os casos de assédio. A proposta foi apresentada ontem pelo vereador Rogério Campos (PSC) e agora passará pelas comissões da Casa antes de ir a votação em plenário.

O vereador conta que é usuário do transporte coletivo e teve a ideia depois dos recentes casos de abusos dentro dos veículos registrados em todo o Brasil. “Muitos homens são sem vergonha e se aproveitam da situação. Alguém precisa fazer algo em favor dessas mulheres. Elas não têm opção, são obrigadas a pegar o ônibus”, diz. 

Segundo ele, os veículos exclusivos circulariam nos horários de pico e a divulgação seria por meio de campanhas. A fiscalização para impedir o acesso de homens ficaria a cargo da Guarda Municipal e da Polícia Militar, que seriam acionados em caso de descumprimento. 

Os ônibus precisariam ter uma cor diferenciada das já existentes. O vereador Campos sugere o rosa, roxo ou lilás, pela simbologia feminina. 

Secretaria da Mulher 

A secretária municipal da mulher, Roseli Isidoro, não acredita que criar linhas específicas vai resolver o problema. “Temos que trabalhar com campanhas que levam a conscientização crítica e com a questão da educação. Esse é um assunto muito sério”, afirma. 

Na avaliação dela, o que acontece atualmente é a omissão da lei. “Ela não qualifica esse ato como criminoso por ser um delito obsceno. É uma contravenção penal, portanto o indivíduo é preso, responde em liberdade, mas, na maioria das vezes, vai pagar com multa e cesta básica”, explica. 

Na semana passada, foram registrados dois casos de assédio em ônibus, um em Araucária e outro no Fazendinha. De acordo com a secretária, não há dados que indicam a quantidade de ocorrências na cidade. “Não temos um diagnóstico que se aproxime da realidade. Falta um sistema integrado de informações e isso dificulta a formulação de políticas públicas”, lamenta. 

Para denunciar, é preciso entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180.

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