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terça-feira, 24 de junho de 2014

Um dia após ser libertada, sudanesa condenada por conversão ao cristianismo volta a ser presa


Yahia Ibrahim Ishag foi detida no aeroporto de Cartum, enquanto tentava deixar o Sudão rumo aos Estados Unidos, de onde o marido dela tem passaporte

A médica sudanesa Yahia Ibrahim Ishag, que ganhou liberdade na segunda-feira (23/06) após se livrar de uma condenação à morte, foi detida novamente nesta terça (24/06) ao tentar deixar o país ao lado de sua família no aeroporto de Cartum. A informação é dos advogados dela, que não explicaram os motivos da nova detenção.

Yahia, de 27 anos, foi levada, junto com a família, para um lugar desconhecido, informou um dos advogados. Ela ia para os Estados Unidos, país do qual o marido dela tem passaporte.

Reprodução
Yahia e o marido, em foto durante o casamento; ela voltou a ser presa nesta terça-feira

O Tribunal de Apelação de Cartum anulou na segunda a condenação à morte contra ela, ao considerar que a decisão em primeira instância havia se baseado em "provas frágeis e contraditórias". A Justiça sudanesa também afirmou que houve um erro de procedimento na anulação do casamento entre Yahia e o marido cristão.

A tradição islâmica designa automaticamente os filhos de muçulmanos como seguidores desta religião. O pai de Yahia é muçulmano, mas a mãe é cristã. Ao contrário do que as autoridades judiciais sustentavam, ela nunca renegou sua fé, já que ressaltou ter sido educada por sua mãe e nunca ter professado o islã.

O caso provocou forte reação de governos ocidentais e diferentes grupos de direitos humanos, principalmente depois que um juiz a condenou à forca em meados de maio. No entanto, Yahia, que estava gravida na ocasião, ganhou o direito de cumprir a pena depois de anos para amamentar seu filho, nascido no dia 27 de maio.

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