Ao longo da evolução, fraturas faciais sofridas por machos em enfrentamentos modificaram a estrutura óssea da fronte humana
15 de junho, 2014
De acordo com os pesquisadores, a violência desempenhou um papel fundamental na evolução humana (Reprodução/Muy Interesante) |
O rosto dos ancestrais humanos, em especial o do Australopithecus (hominídeo que viveu entre 4 e 2 milhões de anos atrás e deu origem ao gênero homo, que engloba nossa espécie) pode ter evoluído para minimizar a gravidade dos ferimentos sofridos pelos machos, quando se enfrentavam.
As conclusões foram tiradas em um estudo feito por uma equipe de cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado na revista Biological Reviews. A hipótese predominante afirma que a constituição robusta dos nossos antepassados foi uma resposta à necessidade de mastigar nozes e outros alimentos muito rígidos.
Por outro lado, a fronte do australopithecus evoluiu, mais ou menos, ao mesmo tempo em que outros traços do sistema esquelético-muscular. A proporção das mãos, por exemplo, evoluiu para formar punhos, usados para golpear seus rivais.
“Quando os humanos modernos lutam corpo a corpo, a face é geralmente o primeiro objetivo. Nós descobrimos que os ossos que mais se fraturam durante os confrontos são os mesmos que se fortaleceram durante a evolução dos hominídeos”, diz o biólogo David Carrier, que coordenou a pesquisa.
Além disso, tratam-se das regiões do crânio que mostram maiores diferenças entre machos e fêmeas, tanto nos australopithecus como nos humanos. de acordo com o estudo, o rosto dos homens é diferente do das mulheres porque as regiões mais suscetíveis a sofrer ferimentos em uma luta são maiores nos homens. Nesse sentido, o estudo realizado pelos pesquisadores sugere que a violência desempenhou um papel fundamental na evolução humana, uma ideia defendida por poucos antropólogos.
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