Quase tudo relacionado ao fato de ter uma primogênita é ruim para as nigerianas
25 de julho, 2014
Na Nigéria, assim como em muitos outros países africanos, os homens têm direitos de propriedade sobre a terra mais forte que as mulheres. Isso dá a todos uma necessidade econômica de ter filhos, mesmo as mulheres, que podem esperar por uma viuvez triste caso não o tenham.
A necessidade por filhos muda os padrões de natalidade. De acordo com a última pesquisa demográfica e de saúde, mulheres cujos primeiros filhos são meninas são mais propensas a terem mais filhos que aquelas cujos primogênitos sejam homens.
Elas são menos propensas a usar métodos contraceptivos. E, caso seus primeiros três filhos forem mulheres, elas tem uma grande propensão a ter um quarto muito rapidamente. As diferenças são pequenas, mas consistentes: ter uma filha primeiro altera as escolhas de reprodução mais tarde e também muda a vida de casada de uma mulher.
Sabe-se que alguns maridos mudam de esposa caso o primeiro filho do casal seja uma menina. Entre mulheres entre 30 e 49 anos de idade, aquelas cujo primogênito é uma menina são mais propensas a serem divorciadas, terem um marido não residente ou serem o chefe da família.
Liderar o lar pode soar como algo bom, mas na Nigéria, assim como na maior parte dos países, a liderança feminina do lar é associada à pobreza. Com efeito, quase tudo relacionado ao fato de ter uma primogênita é ruim para as mulheres.
A preferência por filhos é tão profunda que chega a afetar uma prática que tem pouco a ver com ela: a adoção. Quase 20% das famílias da Nigéria mandam um filho para ser criado em outro domicílio, com frequência de um primo ou de um parente distante. Domicílios com vários garotos adotam meninas para realizarem as tarefas domésticas.
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