Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

terça-feira, 22 de julho de 2014

Unicef preocupado com casamento infantil de meninas na Jordânia | Rádio das Nações Unidas

18/07/2014
Pesquisa do fundo lançada nesta semana mostra que prática não caiu; porcentagem é maior entre refugiados sírios no país; estudo da OIT mostra que número de jovens no mercado de trabalho é baixo, especialmente o de mulheres.
Foto: Unicef
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.*
Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, mostra que de todos os casamentos registrados na Jordânia em 2013, 13% envolveram meninas com menos de 18 anos de idade.
Isto representa mais de 9,6 mil meninas e houve pouco avanço na redução do número de casos.
Refugiados sírios
Segundo o Fundo, entre os refugiados sírios morando no país, a taxa de casamentos infantis cresceu de 18% do total de matrimônios em 2012 para 25% em 2013. Dados recentes indicam que este número subiu para 32% somente no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com uma entrevistada para a pesquisa, o casamento infantil não é raro para meninas sírias, mas o aumento seria resultado do número de crianças saindo da escola mais cedo por causa da crise.
Implicações
O representante do Unicef na Jordânia disse que o casamento infantil pode ter consequências imediatas e ao longo de toda a vida de uma criança. Segundo Robert Jenkins, meninas que se casam antes dos 18 anos de idade "correm risco maior de serem vítimas de abuso" e "de oportunidades econômicas limitadas".
Entre os fatores comuns para o casamento de crianças na Jordânia, o relatório destaca tradição cultural ou familiar, fornecer proteção para meninas e alívio da "pobreza ou fardo" de uma família grande com muitas filhas.
Segundo o Unicef, o casamento infantil é definido como uma união formal ou informal anterior aos 18 anos de idade e meninas são "desproporcionalmente as mais afetadas".
Direitos Humanos
Em entrevista à Rádio ONU esta semana, a professora Silvia Pimentel, integrante do Comitê pela Eliminação da Discriminação contra a Mulher, Cedaw, falou que os "Comitês de Direitos Humanos estão em um processo de fortalecimento de sua integração".
Um dos temas tratados em reunião recente com o Comitê de Direitos Humanos, segundo a especialista, foi o casamento precoce.
"Trabalhamos esse tema buscando fundamentações muito assemelhadas, a gente aproximou ainda mais a nossa preocupação em nos esforçar ainda mais em termos de dar uma força de contra-ataque a uma realidade horrorosa como esta."
Trabalho
Um estudo lançado em junho pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, diz que apesar do bom acesso a educação, o número de jovens do mercado de trabalho na Jordânia é "muito baixo, especialmente o de mulheres". O trabalho mostra também que o período de transição entre a escola e o mercado de trabalho no país pode ser longo.
A pesquisa, que cobriu mais de cinco mil pessoas com idades entre 15 e 29 anos, mostra que 60% dos jovens na Jordânia são inativos, ou não fazem parte da força de trabalho. Segundo a OIT, isto é apenas parcialmente explicado pelo amplo acesso à educação no país. Ainda de acordo com o relatório, um terço das jovens mulheres não estão na escola e nem trabalhando.
*Apresentação: Leda Letra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário