20/02/2015
21 milhões de mulheres, homens e crianças são forçadas a trabalhar em condições desumanas em fazendas, em confecções, a bordo de barcos pesqueiros, na indústria do sexo ou em casas privadas gerando 150 bilhões de dólares por ano.
Trabalho forçado muitas vezes implica na falta de pagamento, longas jornadas sem dias de descanso, confiscar documentos de identidade, restrição da liberdade de movimento, engano, intimidação e violência sexual. Foto: OIT/A. Khemka
O Dia Mundial para a Justiça Social, comemorado nesta sexta-feira (20), traz à tona este ano o sofrimento causado pelo tráfico humano e a tragédia envolvendo 21 milhões de mulheres, homens e crianças em várias formas de escravidão moderna.
“Não podemos alcançar o desenvolvimento para todos se continuamos deixando para trás aqueles que são social e economicamente explorados”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para marcar a ocasião. Ele lembrou que vários avanços já foram feitos, como a adoção do Protocolo e Recomendação sobre Trabalho Forçado e Tráfico Humano da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que fortalece os esforços globais para punir os perpetradores e acabar com a impunidade. Porém, mais precisa ser feito.
O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, frisou que “não há desculpas” e reforçou que o “trabalho forçado pode ser detido”. De acordo com a OIT, cerca de 21 milhões de mulheres, homens e crianças são forçadas a trabalhar em condições desumanas em fazendas, em confecções, a bordo de barcos pesqueiros, na indústria do sexo ou em casas privadas. O seu trabalho gera mais de 150 bilhões de lucro ilegal ao ano.
Nesta data, a OIT pede o fim do trabalho forçado e pede um enfoque integrado para a questão. Governos, empregadores, sindicatos e a sociedade civil tem um papel para cumprir na proteção, defesa e empoderamento daqueles mais vulneráveis, bem como na criação de trabalhos decentes para todos.
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