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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Exército sudanês é acusado de estuprar mais de 200 mulheres

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Mulheres falam sobre estupro coletivo em Tabit
(Reprodução/Reuters)
Mais de 200 mulheres e meninas foram estupradas em Darfur, oeste do Sudão, durante três dias em um ataque realizado pelas forças do governo sudanês em outubro de 2014, segundo um relatório da Human Rights Watch (HRW). Baseado no testemunho de 15 sobreviventes e em mais 21 testemunhas, o relatório da HRW detalha como os soldados invadiram as casas, acusando os moradores de abrigarem um membro das forças rebeldes ou de matarem um soldado. Eles, então, espancavam os homens antes de abusarem das mulheres da família.

“Um ajudava a espancar enquanto outro estuprava. Em seguida, eles iam para a próxima garota”, disse a sobrevivente Khatera, no relatório de 48 páginas, que detalha as atrocidades em Tabit, um vilarejo de 7.000 habitantes, na região de Darfur.

Khatera, que está na faixa dos 40 anos, e suas três filhas estavam entre as 221 mulheres estupradas pelos soldados das Forças Armadas sudanesas (SAF, na sigla em inglês). Duas de suas filhas tinham menos de 11 anos na época do ataque.

“Membros do exército sudanês realizaram os ataques e cometeram vários abusos na cidade, incluindo espancamento, intimidação e estupro de mulheres de uma maneira sistemática, organizada e generalizada”, disse Jonathan Loeb, autor do relatório da HRW, ao jornal britânico Independent.

Muitas das vítimas foram espancadas e estupradas várias vezes na frente da família e dos amigos por soldados e homens à paisana, que eles sabiam ser da base SAF, localizada a meio quilômetro do centro de Tabit.

Entenda o caso
As primeiras notícias do ataque foram divulgadas pela Radio Dabanga, uma estação de rádio sediada na Holanda. As informações foram imediatamente negadas pelas autoridades sudanesas, que acusaram a rádio de “disseminar mentiras”.

Nos últimos anos, Tabit esteve sob o controle de grupos de rebeldes armados. A Human Rights Watch, no entanto, não encontrou nenhuma evidência de que os rebeldes estivessem perto da cidade no momento dos ataques. Desde o estupro coletivo, o governo sudanês bloqueou a entrada de investigadores das Nações Unidas na cidade para prevenir que vítimas e testemunhas compartilhassem informações sobre os crimes. Muitas vítimas e testemunhas disseram que os representantes do governo ameaçaram de prender ou matar qualquer um que falasse sobre os ataques.

Fontes: The Independent-Mass rape in Darfur: Sudanese army blamed for multiple attacks on women, Human Rights Watch-Sudan: Mass Rape by Army in Darfur

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