Recentemente eu recolhi dados da participação feminina na Campus Party Brasil e constatei o que já era possível verificar visualmente: a festa da internet brasileira sempre foi, e continua sendo majoritariamente masculina.
Daí surgem esses dados do IBOPE que contrastam com a CPBR – apesar de serem responsáveis por apenas 25% da presença na Campus Party, as mulheres respondem por 53% dos usuários de internet no país.
Segundo a pesquisa, 53% da população brasileira acessou a internet ao menos uma vez por mês nos últimos três meses. Na quebra por classificação econômica, as classes B e C são as mais representativas entre os internautas.
O IBOPE também destaca que as classes D e E, que representam 21% da população, possuem apenas 10% de internautas. Parece pouco, mas significa que uma em cada 5 pessoas dessas classes sociais acessa a internet.
Não é nenhuma surpresa o índice de acesso a internet por regiões: o sudeste concentra 49% dos internautas, seguido pelo Nordeste (22%), Sul (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (7%).
Na divisão por faixas etárias, o público entre 35 e 54 anos é o que mais acessa a web, representando 34% de todos os acessos feitos no Brasil. E a gente achando que a internet era dos adolescentes, né? Eles representam apenas 28% dos internautas brazucas, aparecendo logo depois do público jovem adulto, entre 25 e 34 anos (que representam 32% dos acessos). Os mais velhos, com idade acima de 55 anos, representam uma pequena parcela dos internautas brasileiros, somando apenas 7%.
No quesito educação, os internautas brasileiros tem rendimento melhor que a média nacional, com grande número de pessoas que concluíram o ensino médio e superior. É importante, contudo, ressaltar que o acesso à web também parece condicionado à formação. Quando é levada em conta a penetração da web, 90% dos que concluíram ensino superior conseguem acesso à internet, taxa que cai para 71% entre os que terminaram o ensino médio e 24% para quem tem apenas ensino fundamental.
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